Capítulo 4 - Vida Eterna

NO CAPÍTULO ANTERIOR...

[ Na casa de Alessandra, ela conversa com Carla e começa chorando.]

Alessandra: Você nunca vai entender! Ninguém nunca vai entender! Eu amo o Mário e ele me ama. Eu sei disso, eu sinto isso. E vocês não conseguem ver a nossa felicidade.

Carla: Felicidade? [Carla começa a debochar.] Que felicidade é essa onde só ele está feliz? Alessandra, ele veio aqui e te apresentou a outra mulher dele. Ele estava com você quando começou a namorar ela. Quem garante que ele não está com mais pessoas?

Alessandra: Eu o amo! O amo muito! O que eu posso fazer Carla? O quê?

[Gabriela está dentro do carro junto com o Mário]

Mário: Eu já fiz o que você pediu.

Gabriela: Daquele jeito?

Mário: Sim.

Gabriela: Então nós vamos esperar as respostas.

AGORA...

[Cena 1  – Noite – Casa de Margarida/Família Boyer]

[Margarida estava deitada junto a Graziella em sua cama.]

Margarida: Eu deveria ter batido muito mais em Lívia. Aquele tapa foi pouco. Deveria ter partido para cima dela.

Graziella: E o que você ganharia com isso?

Margarida: Paz de espírito. Descontaria toda a minha raiva em cima dela, principalmente depois do que ela disse.

[Graziella se levanta fica de frente a Margarida, com um ar sério.]

Graziella: Margarida, você sabe que eu te amo muito!

Margarida: Eu sei. Você está diferente. O que está havendo?

Graziella: Eu não posso contar para minha mãe ou meu pai que nós estamos juntas. Eles não aceitariam. E talvez, eu acho, que nem eu nunca aceitei.

Margarida: Ainda não estou entendendo Graziela. O que você quer dizer?

Graziella: Não posso continuar com você. Eu quero terminar, o que nem deveria ter começado!

[Margarida fica pasma, depois do que ouviu da boca da Graziella.]

[Cena 2  – Noite – Faculdade Seculare]

[ Os Laura e Ricardo foram chamados para conversar com o Reitor da faculdade Seculare.]

Dr. Mauro: Por favor, senhor e senhora Boyer. Sentem-se! O que eu tenho para falar não é fácil. E isso pode ser crucial para vida de vocês e para o bem estar de Margarida.

Laura: Não estou entendo doutor. Como assim bem estar de Margarida?

Ricardo: Por acaso, a Margarida está doente?

Dr. Mauro: Receio que sim!

Laura: O que é doutor?

Dr. Mauro: Ainda faltam alguns testes, mas é provável que Margarida sofra de Distúrbio Bipolar.

[Ricardo e Lauro ficam chocados com a notícia.]

[Cena 3  – Noite – Casa de Margarida/Família Boyer]

[ Margarida olhava com ódio para Graziella, que por sua vez, estava ficando apavorada.]

Margarida: Você não pode me deixar. Nós fomos feitas uma para outra lembra? Você disse isso! [Margarida se levantava da cama lentamente, enquanto Graziella ia lentamente para a porta, saindo do quarto de Margarida.]

Graziella: Eu sei o que eu disse. Mas isso não pode mais acontecer. Não pode! Eu não quero mais.

Margarida: Mas você não pensou em mim? No que eu quero? No que eu preciso?

Graziella: Pensei! E pensei muito. Por isso eu estou terminando com você Margarida. Não quero mais isso. Adeus.

[Margarida grita bem alto.]

Margarida: Espera! Espera por favor!

[Cena 4  – Noite – Casa de Alessandra]

[Carla tenta acalmar Alessandra.]

Carla: Se acalma Lessa! Tudo vai dar certo! Eu vou te ajudar!

Alessandra: Obrigado maninha! Eu sei que vai! Eu preciso apenas me desprender dele! E quando eu consegui isso. Eu estarei livre.

Carla: E quem é essa Gabriela?

Alessandra: Uma mulher que ele conheceu em uma viagem à Búzios.

Carla: Mas depois eu vou querer saber quem é. Eu pensei uma coisa e seria muita coincidência se fosse a mesma pessoa.

[Cena 5  – Noite – Faculdade Seculare]

Laura: E como será este tratamento doutor?

Dr. Mauro: Como eu disse, falta alguns testes, mas ela não poderá neste momento, ter emoções fortes. Até pelo menos, nós diagnosticarmos ela, com os medicamentos necessários!

Ricardo: Mas como isso aconteceu?

Dr. Mauro: Vou explicar à vocês. Existem indicativos de fatores genéticos e o estresse é o principal desencadeante, podendo ocorrer em qualquer faixa etária. Ela já o transtorno, mas algum estresse que ela venha a ter passado por ter desencadeado as crises, que algumas vezes, nós presenciamos. Ela já teve algum estresse em casa?   

[Laura olha para Ricardo decepcionada.]