27 de abril de 2013

Inabalável - Capítulo 38



Casa dos Santiago.

Jhon: Então, qual é a sua resposta? – insistiu.
Diana: O que você fez não tem explicação. Senti-me um nada quando me disse para abortar, afinal é meu filho... – ele a interrompeu.
Jhon: Nosso filho!

Diana: Sim, nosso. – sorriu involuntariamente. – Queria te dizer que não é fácil tomar uma decisão como está, até porque neste exato momento minha cabeça e meu coração não entram em um senso comum...
Jhon: Isso quer dizer que você não me perdoa? – indagou desanimado.

Diana: Deixe-me terminar de falar. – rolou os olhos. – Juro que queria que minha razão fizesse a diferença agora, mas não dá, eu, amo você apesar de tudo e eu quero que voltemos a ser namorados. – sorriu, enquanto ele corria para abraça-la.
Jhon: Prometo não te decepcionar nunca mais.

Diana: Olha que eu vou cobrar em! – deu um tapa de leve nele.
Paulo: Diana? – encarou a filha assustado. Afinal, o que ela estava fazendo com aquele que tanto a fez sofrer?
Diana: Pai, eu posso explicar... – ele a interrompeu.

Paulo: Não precisa! – sorriu afetuoso. – Desde que você esteja feliz e que ele esteja sendo sincero, acho uma ótima ideia estarem juntos. Uma criança criada por seus pais juntos é muito mais feliz. – sorriu. – Só espero que não faça-a sofrer novamente Jhon, afinal, não sei o que faria com você! – brincou. Passaram a tarde entre risos e alegrias, apenas com uma preocupação o estado de Alicia.

Estados Unidos, Dallas.

Nas últimas horas muitas coisas haviam acontecido. A notícia que Gisele e Humberto estavam presos espalhou-se rapidamente. O corpo de Alicia poderia ser levado para o Brasil no dia seguinte, depois que um grupo de médico auxiliaram os pais. O enterro de Pedro aconteceria ali mesmo, já que Carol ligara para avisar que ela iria sim ver o seu grande amor pela última vez.

Laura: Como sua mãe tem coragem de vim pra cá, para o enterro dele depois de tudo o que aconteceu? – pedia confusa.

Christopher: Não me passa, não consigo entender. Te juro que busco todas as maneiras possíveis de fazê-la entender o monstro que ele era e nada. – respirou fundo.
Laura: É realmente uma pena! – negou.

Christopher: Luís foi até a delegacia? – ela assentiu. – Como as coisas mudaram em tão pouco tempo não é?
Laura: Muito... me sinto tão perdida. – sorriu fraco.

Christopher: E eu então. – riu. – Nunca imaginei que me sentiria desta maneira. – gesticulava. – Digo, eu nunca pensei que, pelo menos nessa vida eu precisasse tanto de alguém pra viver, quanto preciso de Alicia. – a mulher encarou-o.
Laura: Isso quer dizer que?

Christopher: Que antes de tudo isso acontecer, tinha pedido ela em namoro. Tivemos uma noite incrível e pela manhã quando estávamos indo caminhar, esquecemos o celular, ela pediu para voltar até o hotel pegar um aparelho telefônico para ligar pra você. Quando voltei ela já não estava mais ali... enfim, tudo que planejei virou pó em pouco tempo, meu maior sonho já não depende de mim para ser realizado.

Veja bem, como tudo passa tão rápido, de um dia pro outro tudo acaba. De um dia pro outro tudo o que planejamos vira nada. Veja bem, sonhos são vencidos, veja bem a luta é vencida. Perdemos, perdemos, perdemos e agora? Como viver sem nossa maior arma de luta? Como viver sem o amor? Já não está vivo, agora é apenas alma que vaga por aí buscando um horizonte que conforte esse caminho sem direção.

Brasil, Casa dos Lins.

Eliza: Carol não vá, por favor! – pedia desesperada. A mala já estava arrumada. Ela ia até a porta sem olhar pra trás. – Carol, ele não merece... – ela interrompeu-a.

Carol: Ele está morto! – gritou. – Será que dá de entender que ele não poderá mais fazer nada por mim? Eu só quero ver lhe pela última vez. – saiu. Entrou no táxi que a esperava e foi até o aeroporto. Ia sim, despedir-se.
Paulo: Olá! – sorriu ao ver Eliza.

Eliza: Que grata surpresa! – abraçou-o com força. – Entre. – deu passagem.
Paulo: O que há? Parece estar aflita!
Eliza: E estou... – contou a história de Carol para o homem.
Paulo: É algo tão complicado não é? – ela assentiu preocupada. – Mas acho que o melhor que podes fazer agora é apoia-la. O pior já aconteceu... – ela interrompeu-o.

Eliza: O pior será se algo de ruim acontecer com Alicia! – esmoreceu.
Paulo: Oh, é verdade. Diana estava muito preocupada! – enfatizou.
Eliza: Falando nisso, como ela está?
Paulo: Muito bem! Ela e Jhon voltaram. – disse feliz.
Sophia: Diana e Jhon voltarão? – adentrou na sala.
Paulo: Não vi que estava aí...  – falou sem jeito.

Sophia: Não precisa ficar assim Paulo. – piscou. – Pedi, porque isso realmente me deixa feliz. Estava torcendo para que voltassem.
Paulo: Sério?
Sophia: Sim! – sorriu. – E além do mais, quero dizer lhes que os quero juntos também. Juntos e feliz!
Eliza: Obrigada meu amor! – abraçou a filha que depois cumprimentou o homem. – A propósito onde vai tão linda?

Sophia: Henrique e eu vamos jantar com Kate e Lucas.
Paulo: Henrique? – arqueou a sobrancelha.
Sophia: É meu... – pensou. – Namorado, eu acho. – riu.
Lucas: Vamos Sophi... – desceu as escadas de mãos dadas com Kate.
Sophia: Sim, Henrique está nos esperando na praça. – disse.
Despediram-se da mãe e de Paulo e foram se divertir.

No aeroporto Carol embarcava no avião. Na viajem lembrou-se de ótimos momentos que teve com Pedro. Era muito estranho a maneira com que passaria os seus últimos dias sem aquele homem, que apesar de todo errado era tudo para ela. Chorava.

Horas e horas dentro do avião, esperando ansiosamente para chegar. Quando finalmente ouviu que estavam prontos para decolar, respirou fundo. Desembarcou e foi rapidamente até um táxi. Seguiu por fim até o IML, onde o corpo estava.

Estados Unidos, Dallas.

 A movimentação no hospital aumentava. Outro dia havia passada. Christopher como sempre, estava do lado da amada. Ficava duas horas com ela e quando o deixavam ainda mais. No próximo dia voltaria para o Brasil, ou melhor era o que achava.

Laura: Chris, a polícia está lá fora e quer te ver!
Christopher: Mas, porquê?
Laura: Gisele entregou que foi você quem atirou em Pedro!


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