Pedro: O que você acha
querida? É lógico que sim! Não achou suspeito Christopher esquecer o celular no
hotel? Era tudo um plano para que você fosse pega sozinha... –ela o
interrompeu.
Alicia: Então por que ele
está aqui também? E desse jeito? – gesticulava.
Pedro: Não é óbvio? – ela
negou. – O dopamos, para que parecesse machucado, assim se penalizaria e não
tentaria nada! – seu coração pulsava forte. Olhava para Chris que nem se mexia.
Não sabia no que acreditar e aquela história pra lá de absurda deixava-a cada
vez mais confusa.
Alicia: Isso é loucura! –
exclamou, enterrando a cabeça entre as mãos.
Pedro: Pode parecer, mas
não é!
Alicia: Tire ele daqui,
vamos! – gritou. Estava fora de si, havia perdido o juízo que a deixava no
controle de si mesma. Sentia raiva de Chris, sentia raiva por não entender nada
do que estava se passando.
Pedro: Olhe como fala. –
repreendeu-a. Ela estremeceu quando ele se aproximou, levantando Chris e o
levando dali. Olhou-o pela última vez, aquela encenação era boa demais e seus
olhos não enxergavam a verdade, não por enquanto.
Gisele: E aí, ela
acreditou? – pediu afoita.
Pedro: É lógico que sim!
– rolou os olhos. – Agora temos que dar um jeito nele, precisamos jogar um
contra o outro, aí sim ligarei para um contato muitíssimo especial, este virá
pra cá, fazendo com que tudo fique ainda mais real. A luta irá começar e
preparem os nosso seguidos, essa será a batalha final, pra anos de luta,
esforço, determinação. Que vença os melhores, nós! – dizia aquilo com tanta
certeza que qualquer inimigo o temeria. O problema daquilo tudo era que a
principal inimiga, não tinha vontade nem motivo pra lutar.
Brasil, Casa dos Santiago.
Diana: Eu acho que não
entendi o que você disse, pode repetir? – indagou indignada.
Jhon: Pedi, se quer
abortar... – falou sucinto, deixando-a ainda mais enojada.
Diana: Eu não acredito
que você está me propondo tamanha crueldade! Quem você pensa que eu sou?
Qualquer uma com quem foi pra cama e fez com que a camisinha estourasse? –
gritava. – Eu não fiz de propósito, eu não queria que as coisas tivessem
acontecido dessa forma, mas infelizmente ou felizmente, ainda não parei para
raciocinar de maneira coerente, esse bebê é um presente. Se não o quer assumir,
não me faça qualquer tipo de proposta, que só pessoas de mente pequena e
coração vazio são capazes de aceitar. – seus olhos ferviam de raiva. – Dentro
de mim, gera-se um novo ser. Uma criança que trará muitas alegrias para mim,
meu pai e minha família. Hoje, posso considerar que você foi um erro. Hoje,
tenho a certeza que é o mesmo menino frio e galinha com quem convivi no começo
de minha estadia nesta cidade...
Jhon: Calma, não precisa
falar assim!
Diana: E como quer que eu
fale? Me diga! Você está falando com a mulher que mais te ama neste mundo e que
agora carrega um filho seu! – neste momento a porta da sala se abriu, o homem
robusto que entrou, estava pálido, estático, completamente perplexo com o que
acabara de ouvir.
Paulo: Como é que é? –
ele pronunciou as palavras com dificuldade, enquanto aproximava-se dos jovens
que naquele momento se mantinham sem reação.
Estados Unidos, Dallas.
Ele abriu os olhos
devagar. Sentiu a claridade machucando-os. Tentou deduzir onde estava, nada
pode. Quando foi tentar se levantar, sentiu o corpo preso. Estava amarrado.
Fechou os olhos e os abriu mais uma vez na tentativa de melhorar a visão e
quando realmente pode enxergar o que estava em sua frente, viu o pai, ali.
Ele sorriu de maneira
debochada. Olhava para o menino como se o estivesse fazendo pagar todos os
pecados, que pra ele, Christopher havia cometido.
Pedro: Até que enfim... –
riu -, pensei que a princesa não fosse mais acordar!
Christopher: O que fez
com ela seu louco?
Pedro: Eu estou tentando
te defender... – rolou os olhos. – Deveria me agradecer sabia? Aquela menina é
um perigo pra humanidade!
Christopher: Você merece
ir pra um manicômio, afinal, nem na cadeia irão suportar tamanha loucura.
Vamos, me diga o que você fez com ela. – o menino se debatia.
Pedro: Se existe alguém
louco aqui, não sou eu! Essa menina é o fruto de toda essa discórdia. Se não
fosse por ela, nós ganharíamos Chris, nós ganharíamos tudo. – via-se de longe
que o homem estava consternado. Olhava fixamente para Chris. – Seu avó queria
que nós fossemos um time, você sabia disso? Nós seríamos os melhores, mas uma
mulher muda a vida da gente, nos faz cegos e eu... me apaixonei pela mulher de
meu amigo Luiz. Sempre fui um homem de várias mulher, até aparecer Érika. Ela
era a minha fonte de vida e de repente me vi perdido por ela. Perdi-a em uma
noite qualquer para Antônio. E você vê como o mundo é pequeno, nosso inimigo
Antônio que inclusive é pai dessa menina que você tanto quer... ela é nossa rival
e a qualquer momento virá seu grupinho pra lutar contra nós! – dizia entre
dentes. – Será que dá de entender? Vocês não podem ficar juntos! E se você
ousar fazer alguma coisa eu mato você, ela e sua mãe! – Christopher não
acreditava em tudo o que estava acontecendo. Ouvia tudo como se seu mundo fosse
acabar.
Christopher: Você precisa
de um tratamento psiquiátrico!
Pedro:E você de um choque
de realidade! Acorda, só tem uma saída pra você e sua mamãe sobreviverem...
Christopher: E qual é?
Pedro: Matando a
bastarda!
Perto dali, Alicia
chorava. Pensava em tudo o que haviam passado e não podia acreditar que ele
havia mentido. Pensava em como sua vida tinha mudado pra melhor, tirando a
morte de Lena e não podia acreditar que tudo poderia acabar assim, do nada.
Queria ter a chance de dizer para sua mãe que a amava, de dizer para Kate que
ela era seu maior elo família e de amizade. Queria dizer pra Luiz, que melhor
pai que ele nunca poderia existir. Queria dizer enfim, tantas coisas que
deixara de lado. Tantas coisas tolas que o tempo apaga de nossa memória, mas
não de nosso coração. Tantas coisas que podemos dizer agora e deixamos para um
amanhã que nem sabemos se irá existir!
Brasil, Casa dos Lins.
Lucas estava pensativo
naquele dia. Não tinha os conselhos de Ali e depois da conversa, ou melhor da
briga com Kate estava de mal a pior. Sabia o que queria, mas não sabia como o
faria. Queria a menina que sempre lhe tirou o fôlego, queria o amor tranquilo
com que sempre sonhou, mas tinha um medo quase impossível de curar.
O que poderia fazer se
suas ilusões eram muito maiores que aquilo? O que fazer se o medo que sentia,
devastava toda sua vontade de ser feliz com a menina que tanto dizia amar, mas
de nenhuma maneira demonstrava?
Sophia: Lucas, está tudo
bem? – a menina que a pouco havia chegado, ficou preocupada com a maneira que o
irmão se comportava.
Lucas: Importa-te? –
enrugou a testa, questionando-a.
Sophia: É claro que sim,
se não, não estaria aqui te perguntando! -exclamou.
Lucas: É que eu estou
confuso!
Sophia: Sobre o quê? –
indagou.
Lucas: Kate... – ela o
interrompeu.
Sophia: Mas, está confuso
por não saber o que sente?
Lucas:O pior que não! – sorriu fraco. – Eu realmente sei o que
sinto! Eu realmente sei o que quero, mas meu orgulho é maior que eu, me fere e
quer ferir.
Sophia: Sei que não sou a
melhor pessoa para dar conselhos. Sei também que falar de amor é bem diferente
de sentir, mas é bem provável que amor, amor mesmo aconteçam poucas, ou quem
sabe uma vez na vida, bem... – suspirou -, acredito que deva abraçar com todas
as forças sua oportunidade de ser feliz. Algo te garanto, Kate ama-o muito e
depende de ti querer ou não ser feliz, querer ou não faze-la feliz!
‘’ Abrace tua felicidade, foque nos seus sonhos, agarre as oportunidades
e ame de verdade! ‘’
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