Estados Unidos, Dallas.
Rick: Como nós vamos falar isso para as crianças? - indagou triste. -
Melhor, como nós vamos dar essa notícia para Alicia? - olhou fixamente para a
amada, que apenas chorava.
Raquel: Nem me fale, precisamos avisá-la de uma vez, ela precisa vir dar o último adeus á Lena. Imagine como ficaria se nunca mais a visse, mesmo que... morta. - gesticulava negativamente.
Rick: Você ligaria para ela? Explicaria tudo? - pediu.
Raquel: Não que seja o que eu mais queira, porém eu sei que você está muito pior que eu. Se você precisa mesmo que eu faça isso, eu farei! - exclamou.
Rick: Obrigada meu amor, eu vou dar a notícia para as crianças, quando ligar e falar com Alicia, vá até mim, por favor, eu preciso de você. - beijou-a e saiu dali.
Raquel pegou o aparelho celular, o encarou por algumas vezes e enfim,
encorajou-se. Discou o contato que Lena havia dado a eles, afinal, Alicia era
quem a mulher mais amava. Mesmo que Raquel e Rick não a conhecessem poderiam
sentir, o tamanho de sua dor ao saber que seu ''anjo'' não estava mais entre
eles.
Universidade do Rio de Janeiro.
Enquanto estavam abraçados, Alicia sentiu o celular vibrar, afastou-se
sem querer e olhou para o visor. Era um número desconhecido, mas sabia ser dos
Estados Unidos. Ela gelou. Encarou por mais alguns segundos, até que o telefone
parou de tocar.
Christopher: Por que você não atendeu? - olhou para ela, sem entender o
que estava acontecendo. Ela não respondeu. Respirou fundo e quando ia guardar o
celular, ele tocou mais uma vez.
Estava em pânico. E depois de muita insistência de Chris, ela atendeu.
Alicia: Alô. - disse fraco.
Raquel: É a Alicia? - a voz do outro lado da linha questionou.
Alicia: Sim, quem é?
Raquel: Alicia, eu sou ajudante de Lena aqui no internato, ligo porque
infelizmente, não tenho boas notícias pra você. - a tristeza embargava a voz da
mulher e Ali podia sentir que estava prestes a ouvir a pior notícia de sua
vida.
Alicia: O que aconteceu? Alguma coisa com Lena? - indagou desesperada.
Raquel: Infelizmente sim, eu juro que não queria te falar isso. Não
queria te dar esta notícia, mas Lena está morta!
O celular foi deslizando sa mão da menina, que sentiu a pior dor de toda
a sua vida. O coração apertado, parecia não bater. Ela realmente não sabia o
que fazer, estava em choque.
Christopher: O que aconteceu? Ali, fale comigo! - ordenou. Ouvia-se
ainda a mulher do outro lado da linha, chamando por Ali, foi quando Chris tomou
posição e atendeu. - Quem é? O que aconteceu? - pediu.
Raquel: Eu sou Raquel, sou ajudante de Lena aqui do internato em Dallas.
Infelizmente ela morreu, creio que Alicia precisará de ajuda para vir pra cá,
cuide dela.
Christopher: Tudo bem, vou tomar as devidas providências. Obrigada!
Ver Alicia ali tão frágil, o matava. Parecia estar explodindo por
dentro. Ele apenas abraçou-a com toda a força do mundo e disse a ela: '' vai
ficar tudo bem ''.
Envolveu sua cintura e levou-a para casa. Ainda parecia que ela iria
acordar daquele pesadelo. Ainda queria imaginar nunca ter ouvido o que ouvira
minutos atrás.
Laura: Oh meu Deus! - Christopher explicara tudo o que havia acontecido
para Laura, que estava perplexa.
Christopher: Ela acabou de
receber a notícia, está em estado de choque e eu realmente não soube o que
fazer, a não ser traze-la pra cá.
Laura: Tudo bem Chris! Obrigada por trazê-la, nem sei o que aconteceria
se ela estivesse sozinha. Seria terrível. Você fez muito por ela e por nós.
Muitíssimo obrigada! - agradeceu.
Christopher: Vocês fariam o mesmo por mim. Agora eu tenho que voltar,
vou avisar na universidade o que aconteceu. Não se preocupem, depois volto para
ver como ela está! - afirmou, despedindo-se.
Seria tão difícil dali em diante, ela só queria que o mundo parasse
antes dela voltar. Quem sabe, poderia ter feito algo para que sua Lena pudesse
naquele momento estar viva.
Canadá.
Gisele: Nós temos exatamente, duas semanas pra fazer as coisas
acontecerem! Temos que ir até o hospital que ela ganhou a pirralha e depois
saber mais sobre a vida do homem de quem ficou grávida.
Humberto: E é claro, temos que descobrir informações sobre a tal ceita.
Afinal, querendo ou não essa menina um dia terá de assumir essa ''herança'' -
riu - que o pai a deixou. - rolou os olhos.
Gisele: Pobre menina, está perdida. - dizia fria. - Pedro quando coloca
algo na cabeça, não para até que consigo destruir. E se tratando de uma
rivalidade que dura a anos, quando essa menina menos imaginar o mundinho dela
desmorona.
Humberto: Vamos primeiro ao hospital. Consegui o nome do hotel que ela
ficou, se formos até lá podemos pedir a ficha dela. Eles devem guardar essas
coisas, não é? - pediu.
Gisele: É claro que sim. Devem ter um arquivo para anexar os documentos
de todos que passam pelo hotel. Dizemos que somos parentes dela e queremos ver
quantos dias ela ficou no hotel, ou algo do tipo. - respondeu.
Humberto: Então, vamos á luta.
Brasil, casa dos Portmann.
Carol: Meu filho, o que você está fazendo em casa essas horas? -
estranhou, ao ver Chris chegando em casa.
Christopher: Só vim pegar um livro que havia esquecido. Alicia teve
problemas e levei-a pra casa, aproveitei passar aqui antes de voltar pra
universidade. - explicou rapidamente.
Carol: O que houve com Ali? - indagou preocupada.
Christopher: A mulher que cuidou de Ali, enquanto ela ficou no
internato, lá nos Estados Unidos, morreu.
Carol: Morreu? - pediu boquiaberta.
Christopher: Aham. - respondeu triste.
Carol: Coitada de Ali. Quando não é uma coisa é outra. - disse.
Nesse momento a porta da casa se abriu, e lá estava Pedro, defronte para
eles dois. Chris sentiu o sangue ferver e Carol sabia que as coisas ali, iriam
piorar e muito.
Christopher: O que você está fazendo aqui? - pediu irritado.
Pedro: Vim falar com a sua mãe, não é de sua conta. Aliás, não deveria
estar na universidade? Eu não pago aquela merda pra você faltar. - disse
agressivo.
Christopher: Você não tem vergonha, não é? - enfrentou-o. - Depois de
tudo o que fez, acha mesmo que tem o direito de vir aqui e falar assim comigo?
Pedro: Enquanto eu pagar sua faculdade sim! - respondeu com desdém.
Carol: Não fala assim com o menino Pedro. - interviu.
Pedro: Desculpe. - fez-se de vítima. - Mas é que ás vezes, eu perco a
cabeça.
Christopher: Não seja cínico, pelo amor de Deus. - gesticulava.
Carol: EI, ele é seu pai. Acalme-se!
Christopher: Essa porcaria não é o meu pai.
Pedro: Não fale assim do homem
que te criou. Eu só quero o perdão de vocês, por favor. Eu quero voltar a ser
uma família. Prometo nunca mais encostar um dedo em você Carol. - a mulher
ficou pensativa, enquanto Christopher via nos olhos do homem, o ódio nunca
antes visto.
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