1 de abril de 2013

Inabalável - Capítulo 19



Estados Unidos, Dallas.

Rick: Como nós vamos falar isso para as crianças? - indagou triste. - Melhor, como nós vamos dar essa notícia para Alicia? - olhou fixamente para a amada, que apenas chorava.

Raquel: Nem me fale, precisamos avisá-la de uma vez, ela precisa vir dar o último adeus á Lena. Imagine como ficaria se nunca mais a visse, mesmo que... morta. - gesticulava negativamente.
Rick: Você ligaria para ela? Explicaria tudo? - pediu.

Raquel: Não que seja o que eu mais queira, porém eu sei que você está muito pior que eu. Se você precisa mesmo que eu faça isso, eu farei! - exclamou.
Rick: Obrigada meu amor, eu vou dar a notícia para as crianças, quando ligar e falar com Alicia, vá até mim, por favor, eu preciso de você. - beijou-a e saiu dali.



Raquel pegou o aparelho celular, o encarou por algumas vezes e enfim, encorajou-se. Discou o contato que Lena havia dado a eles, afinal, Alicia era quem a mulher mais amava. Mesmo que Raquel e Rick não a conhecessem poderiam sentir, o tamanho de sua dor ao saber que seu ''anjo'' não estava mais entre eles.

Universidade do Rio de Janeiro.

Enquanto estavam abraçados, Alicia sentiu o celular vibrar, afastou-se sem querer e olhou para o visor. Era um número desconhecido, mas sabia ser dos Estados Unidos. Ela gelou. Encarou por mais alguns segundos, até que o telefone parou de tocar.

Christopher: Por que você não atendeu? - olhou para ela, sem entender o que estava acontecendo. Ela não respondeu. Respirou fundo e quando ia guardar o celular, ele tocou mais uma vez.
Estava em pânico. E depois de muita insistência de Chris, ela atendeu.
Alicia: Alô. - disse fraco.
Raquel: É a Alicia? - a voz do outro lado da linha questionou.
Alicia: Sim, quem é?
Raquel: Alicia, eu sou ajudante de Lena aqui no internato, ligo porque infelizmente, não tenho boas notícias pra você. - a tristeza embargava a voz da mulher e Ali podia sentir que estava prestes a ouvir a pior notícia de sua vida.
Alicia: O que aconteceu? Alguma coisa com Lena? - indagou desesperada.
Raquel: Infelizmente sim, eu juro que não queria te falar isso. Não queria te dar esta notícia, mas Lena está morta!

O celular foi deslizando sa mão da menina, que sentiu a pior dor de toda a sua vida. O coração apertado, parecia não bater. Ela realmente não sabia o que fazer, estava em choque.
Christopher: O que aconteceu? Ali, fale comigo! - ordenou. Ouvia-se ainda a mulher do outro lado da linha, chamando por Ali, foi quando Chris tomou posição e atendeu. - Quem é? O que aconteceu? - pediu.
Raquel: Eu sou Raquel, sou ajudante de Lena aqui do internato em Dallas. Infelizmente ela morreu, creio que Alicia precisará de ajuda para vir pra cá, cuide dela.
Christopher: Tudo bem, vou tomar as devidas providências. Obrigada!

Ver Alicia ali tão frágil, o matava. Parecia estar explodindo por dentro. Ele apenas abraçou-a com toda a força do mundo e disse a ela: '' vai ficar tudo bem ''.

Envolveu sua cintura e levou-a para casa. Ainda parecia que ela iria acordar daquele pesadelo. Ainda queria imaginar nunca ter ouvido o que ouvira minutos atrás.
Laura: Oh meu Deus! - Christopher explicara tudo o que havia acontecido para Laura, que estava perplexa.
Christopher:  Ela acabou de receber a notícia, está em estado de choque e eu realmente não soube o que fazer, a não ser traze-la pra cá.
Laura: Tudo bem Chris! Obrigada por trazê-la, nem sei o que aconteceria se ela estivesse sozinha. Seria terrível. Você fez muito por ela e por nós. Muitíssimo obrigada! - agradeceu.

Christopher: Vocês fariam o mesmo por mim. Agora eu tenho que voltar, vou avisar na universidade o que aconteceu. Não se preocupem, depois volto para ver como ela está! - afirmou, despedindo-se.

Seria tão difícil dali em diante, ela só queria que o mundo parasse antes dela voltar. Quem sabe, poderia ter feito algo para que sua Lena pudesse naquele momento estar viva.

Canadá.

Gisele: Nós temos exatamente, duas semanas pra fazer as coisas acontecerem! Temos que ir até o hospital que ela ganhou a pirralha e depois saber mais sobre a vida do homem de quem ficou grávida.
Humberto: E é claro, temos que descobrir informações sobre a tal ceita. Afinal, querendo ou não essa menina um dia terá de assumir essa ''herança'' - riu - que o pai a deixou. - rolou os olhos.
Gisele: Pobre menina, está perdida. - dizia fria. - Pedro quando coloca algo na cabeça, não para até que consigo destruir. E se tratando de uma rivalidade que dura a anos, quando essa menina menos imaginar o mundinho dela desmorona.
Humberto: Vamos primeiro ao hospital. Consegui o nome do hotel que ela ficou, se formos até lá podemos pedir a ficha dela. Eles devem guardar essas coisas, não é? - pediu.
Gisele: É claro que sim. Devem ter um arquivo para anexar os documentos de todos que passam pelo hotel. Dizemos que somos parentes dela e queremos ver quantos dias ela ficou no hotel, ou algo do tipo. - respondeu.
Humberto: Então, vamos á luta.

Brasil, casa dos Portmann.

Carol: Meu filho, o que você está fazendo em casa essas horas? - estranhou, ao ver Chris chegando em casa.
Christopher: Só vim pegar um livro que havia esquecido. Alicia teve problemas e levei-a pra casa, aproveitei passar aqui antes de voltar pra universidade. - explicou rapidamente.
Carol: O que houve com Ali? - indagou preocupada.
Christopher: A mulher que cuidou de Ali, enquanto ela ficou no internato, lá nos Estados Unidos, morreu.
Carol: Morreu? - pediu boquiaberta.

Christopher: Aham. - respondeu triste.
Carol: Coitada de Ali. Quando não é uma coisa é outra. - disse.

Nesse momento a porta da casa se abriu, e lá estava Pedro, defronte para eles dois. Chris sentiu o sangue ferver e Carol sabia que as coisas ali, iriam piorar e muito.
Christopher: O que você está fazendo aqui? - pediu irritado.
Pedro: Vim falar com a sua mãe, não é de sua conta. Aliás, não deveria estar na universidade? Eu não pago aquela merda pra você faltar. - disse agressivo.
Christopher: Você não tem vergonha, não é? - enfrentou-o. - Depois de tudo o que fez, acha mesmo que tem o direito de vir aqui e falar assim comigo?
Pedro: Enquanto eu pagar sua faculdade sim! - respondeu com desdém.
Carol: Não fala assim com o menino Pedro. - interviu.
Pedro: Desculpe. - fez-se de vítima. - Mas é que ás vezes, eu perco a cabeça.
Christopher: Não seja cínico, pelo amor de Deus. - gesticulava.
Carol: EI, ele é seu pai. Acalme-se!
Christopher: Essa porcaria não é o meu pai.
Pedro:  Não fale assim do homem que te criou. Eu só quero o perdão de vocês, por favor. Eu quero voltar a ser uma família. Prometo nunca mais encostar um dedo em você Carol. - a mulher ficou pensativa, enquanto Christopher via nos olhos do homem, o ódio nunca antes visto.



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