13 de setembro de 2012

Trabalhar na Record tem ‘gosto de faroeste’, diz Carlos Lombardi

Carlos Lombardi: "Não quero me vingar de ninguém. Só quero fazer o meu. Tenho o maior orgulho de ter trabalhado na Globo."

Carlos Lombardi: “Não quero me vingar de ninguém. Só quero fazer o meu. Tenho o maior orgulho de ter trabalhado na Globo.

Mais nova contratação de “peso” da Record, o autor Carlos Lombardi chega à emissora com um discurso de desbravador, mas pé no chão: não promete revoluções (só se for “por engano”) nem audiências espetaculares.

“Eu só quero fazer um trabalho bem feito. Se der certo, quero recuperar a audiência que a Record já teve com novelas, um segundo lugar bem claro”, diz.

Lombardi se refere aos desempenhos obtidos por produções como Vidas Opostas, Cidadão Brasileiro e Caminhos do Coração/Mutantes, que chegaram a bater na casa dos 20 pontos.

Além da humildade, a fala de Lombardi também é pacifista.

“Não quero me vingar de ninguém. Só quero fazer o meu. Tenho o maior orgulho de ter trabalhado na Globo. Mas agora é hora de experimentar uma coisa nova, ter gostinho de faroeste”, diz.

O autor de Bebê a Bordo (1988) e Quatro por Quatro (1994), entre outros sucessos, admite abertamente que deixou a Globo, após três décadas, porque estava insatisfeito com a emissora, sentindo-se subaproveitado.

Sua última novela foi Pé na Jaca, encerrada em 2007. No ano passado, teve aprovada uma sinopse de novela das sete, sobre uma agência de viagens pelo tempo, mas o projeto “não entrou na linha de produção”.

Gim com tônica

Agora na Record, Lombardi quer ser mais do que roteirista. Tem garantia de que participará das decisões artísticas envolvendo suas novelas, coisa que não ocorria na Globo. “Estou indo para um lugar onde poderei participar ativamente da realização”, conta.

Suas novelas serão dirigidas por Alexandre Avancini, com quem já trabalhou na Globo.

Embora já esteja escalado para substituir Gisele Joras, autora de Balacobaco, a estrear em outubro, Lombardi afirma que ainda não sabe que novela fará na Record. Quer aproveitar os próximos 30 dias para ouvir os profissionais da emissora, fazer pesquisas e conhecer o elenco da casa.

Os noveleiros que têm a imagem de Lombardi associada à novela com ação e humor poderão se surpreender.

“Talvez minha novela fique mais realista, vai depender do horário. O registro das novelas da Record é mais próximo da realidade, do cotidiano”, define.

“Mas não tenho uma história ainda. Pode sair uma novela em um tom diferente ou no mesmo tom. Sempre misturei comédia com melodrama e romance, e meus personagens costumam falar tudo. A mescla de humor e drama deve prevalescer [na Record], mas a quantidade de gim e de tônica vai depender da encomenda”, finaliza.



TV FOCO


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