Paulistanos reclamam da demora no atendimento do Samu
Falta de ambulância e demora de atendimento são duas das queixas.
Tempo entre a ligação e chegada ao hospital deveria ser de 15 minutos.
Paulistanos que precisaram acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) reclamam da demora na chegada da ambulância, como mostrou o SPTV desta segunda-feira (3). As reclamações enviadas pelos telespectadores chegaram à produção do telejornal após a universitária Angelita Pinto morrer dentro da sala de aula, numa faculdade do Itaim Bibi. A família afirma que o socorro demorou 40 minutos para chegar ao local.
Como o Samu não vinha, o jeito foi procurar o convênio, que liberou uma ambulância particular. Já tinham decorrido três horas. "O meu problema era de coluna. Se fosse um problema de coração a pessoa ia morrer”, diz Talita.
O número de telefone 192, do Samu, fica à disposição de pessoas que estão em situação de emergência e precisam de atendimento rápido. O Ministério da Saúde recomenda que o tempo entre a ligação para o 192 e a chegada ao hospital seja de 15 minutos.
A auxiliar de vendas Sandra Regina Pinheiro diz que não foi o que aconteceu com a mãe dela, de 71 anos, que caiu e quebrou o fêmur. A família começou a ligar desesperadamente para o 192, mas nada aconteceu. “Eles viram que estava todo mundo ligando porque é o mesmo número de protocolo e falaram a verdade: não tem ambulância”, diz Sandra.
A atendente Graziele de Freitas estava grávida da Natali. Ela entrou em trabalho de parto e teve de ser levada ao hospital por um vizinho. “Até hoje eu estou esperando o Samu porque o Samu não veio”, diz.
Todas as ligações para o Samu são gravadas. Por isso, foi possível fazer um levantamento dos casos mostrados na reportagem do SPTV. O caso de Graziele não foi encontrado no sistema. Já nos casos da mãe de Sandra, o serviço explicou que não havia risco de morte. O Samu afirma receber 8 mil chamadas e atende 1,2 mil pessoas por dia. A prioridade é para os casos mais graves.
“Qualquer pessoa que liga para o Samu acha que o caso dela é de prioridade máxima. Minha mãe está com uma gripe e acha que o caso dela é mais importante que qualquer outro. Por isso, nós temos que ter um sistema de triagem. A gente atende casos de prioridade menor também, mas a prioridade maior do Samu é salvar vidas, é atender o caso com risco de morte imediato. Nesse caso, chegamos em dez minutos”, diz Gustavo Kuhlmann, coordenador médico do Samu.
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