24 de abril de 2013

Inabalável - Capítulo 37



Brasil, Casa dos Portmann.

Carol: Vamos Christopher, como assim seu pai está morto? – gritava desesperada.
Christopher: Não posso te explicar tudo por telefone... Perdoe-me mas, é bem melhor que ele não esteja mais aqui para nos perturbar.
Carol: Não fale assim, ele é seu pai! – afirmou.
Christopher: Lamento dizer-te assim, mas preferiria ter nascido órfão! Agora irei desligar, vou cuidar das coisas por aqui e de Alicia. Preciso desligar agora, assim que puder volto para o Brasil! Fique bem e por favor, tente me entender. Eu te amo!– não queria mais ouvir seu choro, sua desconfiança. 

Queria apenas que a mãe o entendesse, o que seria difícil pelo menos até que ele explicasse tudo o que havia acontecido.
Desmoronou. Ela desmoronou. Ali mesmo, na cama em que eles passaram lindas noites. O que afinal, estava acontecendo com sua família? Afinal, porque ela não conseguia entender nada? Porque ninguém dizia nada para ela?

Imediatamente, correu até a casa de Eliza. Quando a amiga abriu a porta.
Eliza: Carol, o que aconteceu? – abraçou-a com força. Naquele momento só tinha a amiga e ninguém mais.

Estados Unidos, Dallas.

O dia amanheceu nublado, o vento gélido deixava o clima pesado, o ar frio. Eles dormiram ali mesmo, nas cadeiras da sala, aguardando por notícias de Alicia, que não eram dadas.

Laura: Chris, acorde! – balançou o menino para que acordasse.
Christopher: Olá! – abriu os olhos com dificuldade.
Laura: Ei, levante! – insistiu. – Luiz foi até a delegacia, ver se conseguiram capturar o casal foragido.
Christopher: Ah, que bom... era isso mesmo que eu iria fazer! – sorriu.  E o doutor, deu notícias? – indagou.
Laura: Por enquanto não! – sorriu fraco. – Creio que nós devamos ir tomar um café e depois ir atrás do doutor. Não podemos deixar Ali aqui sozinha e sabe, precisamos voltar para o Brasil, principalmente você... sua mãe deve estar arrasada!

Christopher: Sim Laura, eu sei disso... Bem, então vamos! – sorriu compreensivo e seguiram.
Quando voltaram viram o médico conversando com uma das enfermeiras.
Laura: Doutor, doutor! – chamou-o. – Tem notícias de minha filha? – pediu.
Doutor: Ela está igual. É triste dizer isso mas, não tenho como dizer lhes quando ela irá acordar. Pode demorar horas, dias, meses, anos ou quem sabe, ela nem acorde mais. – manteve-se frio. – Eu realmente sinto muito, mas é verdade. – viu as lágrimas brotarem nos olhos da mulher.
Christopher: Tem como nós levarmos o corpo... digo, ela para o Brasil?

Doutor: Teriam que contratar um jatinho particular e pagar uma equipe. Pode ser arriscado, afinal são horas de viajem... – foi sugestivo. Depois de explicar os procedimentos, eles esperaram Luiz chegar para tomar as decisões fundamentais. Levariam ela para o Brasil, sim!
Christopher: Sim Kate, vamos ainda está semana! – falava pela décima vez. – Por favor, enquanto não volto cuide de minha mãe, ela deve estar arrasada... – a menina interrompeu-o.
Kate: Está sim, muito triste! – falou com a voz falha. – Espero que vocês possam vir logo, quero ao menos sentir minha irmã perto de mim mais uma vez.
Christopher: Tudo bem, faremos o possível. – despediram-se.

Brasil, Casa dos Santiago.

Paulo: Diana, já disse que tens de comer... estas carregando uma nova vida aí, pense em seu filho também. – brigava com a menina, que teimava dizer que não tem fome.
Diana: Não papai, eu não quero! – rolou os olhos, irritada.
Paulo: Só um pouquinho, pelo pai. – implorou. A menina levantou-se contrariada e sentou-se a mesa. – Fiz esta canja especialmente para você!
Diana: Obrigada... – estavam ali, conversando com desdém, já que ela pouco prestava atenção, até que uma melodia fora ouvida. – O que é isto? – indagou confusa.
Paulo: Não sei filha! – nem terminou de responder e a menina já se colocava defronte para a janela.

Quando encarou o menino lindo do lado de fora, o coração não se conteve. Estava feliz mesmo cheia de raiva. Era Jhon, que tocava seu violão e cantava animadamente pra menina.

Emocionada saiu para vê-lo de perto, Paulo que observava tudo não sabia como agir. Ficava-se feliz ou triste, não importava, era o que sua filha sentia que o interessava.
Jhon: Perdoa-me? Eu quero que seja minha mulher e quero amar está criança! – disse emocionado, enquanto encarava-a com intensidade. Ela apenas olhou-o sem nada responder. – Di, sabes que te amo, só estava confuso. Preciso que seja minha novamente. Quero construir uma família com você... vamos, por favor meu amor!

Diana: Depois de tudo o que me fez passar? As coisas não são tão simples quanto você imagina! – disse dura.
Jhon: Eu sei que o que eu fiz foi errado, foi terrível... mas, eu sou humano, eu errei e estou te pedindo perdão. Estou aqui, dando a cara á bater. Estou aqui tentando te provar que realmente te amo. Por favor, só preciso de mais uma chance, mais uma e nada mais. Quero te provar que eu posso ser o melhor pra você, assim como você é pra mim!
Diana: E quem me garante que você está me falando a verdade? Será mesmo que se eu te perdoar não fará isso novamente? – questionava.
Jhon: O tempo vai te provar, só o tempo vai. De mim espere o melhor e se me quiser estou aqui, te esperando, de braços abertos e um coração para ser entregue á você!

Ela pensou por alguns minutos. Olhou para ele e depois para o infinito e depois para ele.
Diana: Eu já tenho uma resposta para te dar...

Casa dos Lins.

Henrique estava deitado com Sophia na beira da piscina quando seu celular tocou.
Henrique: Só um minutinho meu amor, volto num instante! – beijou sua testa, afastando-se. – Alô? – atendeu.
Gisele: Filho, filhinho... – chorava desesperada.
Henrique: O que deu em você para me chamar assim? – indagou confuso.
Gisele: Eu não tenho muito tempo para falar... Henrique eles me pegaram, a policia me pegou, estou presa. É o único telefonema que posso dar, Pedro morreu, estou sozinha, preciso de você, só tenho você á quem recorrer, me ajude por favor! – implorava.
Henrique: Espera, então quer dizer que você tem haver com a tragédia que ocorreu com Alicia? – quis saber.
Gisele: Estava junto, mas o tiro partiu de Pedro... – ele interrompeu-a.
Henrique: Não quero saber, minha namorada está triste por que sua amiga está em uma cama de hospital em cama. Quero mais que você se dane sua estúpida, assim como me tratou pela vida toda, lavo minhas mãos. Quero mais que você se exploda Gisele e passe os próximos anos de sua vida, atrás das grades!

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