Brasil, Casa dos Santiago.
Diana estava deitada no sofá quando ouviu o barulho da
porta, levantou-se sem vontade e abriu-a. Não podia acreditar, era Sophia.
Diana: O que está fazendo aqui? Garanto que Eliza contou-te
tudo e agora veio rir de mim! Já deveria saber que são todos iguais. – rolou os
olhos.
Sophia: Nada disso Diana, está muito, muito enganada! Eu não
vim aqui te humilhar, nem falar nada de Jhon... – a menina interrompeu-a.
Diana: Então, o que está fazendo aqui?
Sophia: Simples, vim aqui pedir como você está? Mas também,
te pedir desculpas. – Diana estava perplexa.
Diana: Do que está falando?
Sophia: Oras, que quero ficar de boa com você, é sério sem
brigas, sem desentendimentos. Eu realmente, quero ser sua amiga...
Diana: Mas e Jhon? – indagou confusa.
Sophia: É passado, eu estou apaixonada por outra pessoa.
Além do mais, sinto muito pelo que ele te fez, sei que vai se arrepender.
Diana: Entre! – deu passagem para ela.
Conversaram. Diana explicou para ela tudo o que estava
acontecendo e Sophia ficara boquiaberta, pensava que Jhon fosse um menino bom.
Sophia: Se fosse você, tinha dado um chute neste idiota! –
disse entre dentes.
Diana: Digo-te, foi o que mais quis fazer, mas sinto que ele
se arrependerá, eu sinto isso!
Sophia: Você o perdoaria?
Diana: Ele é pai do meu filho e eu o amo. Seria um pouco
difícil, mas o perdoaria. – sorriu fraco.
Sophia: Só posso desejar-lhe força e dizer-te que estarei
aqui se precisar. – levantou-se. – Agora vou ir, estamos com alguns
problemas... – interrompeu-a novamente.
Diana: Problemas, que tipo de problemas?
Sophia: Alicia, ela... bem, não sei direito o que aconteceu
mas, está no hospital, parece que foi baleada!
Diana: Mas, como isso pode acontecer?
Sophia: Eu realmente não sei de muita coisa, mas enfim, se
tiver notícias te aviso.
Estados Unidos,
Dallas.
Coma, ela está em coma! Na cabeça de Chris apenas isso era
levado em conta. Não podia acreditar que o amor de sua vida estava naquela
situação. E se ela não acordasse? E se ele não pudesse mais dizer que a amava?
Tantas perguntas pra nenhuma resposta.
Christopher: Será que posso vê-la? – pediu ao doutor, não
contendo as lágrimas.
Doutor: É claro!
Seguiu rapidamente até o quarto onde a menina estava, quando
abriu a porta, viu-a ali, imóvel. Correu até o leito, debruçou-se sobre a cama,
olhou para seu rosto pálido, frio. Não vê-la sorrindo, não vê-la falando, até
mesmo brigando com ele, era tão estranho. Sentiu o coração bater fraco, os
olhos embaçando pelas lágrimas que teimavam em cair.
Christopher: Se eu te pedisse pra voltar, voltaria? Se eu te
pedisse para voltar a me amar, voltaria? Ei, porque você não pode voltar pra
mim? Quero que me ouça! Que ouça o quanto sinto sua falta, queria que ouça o
quanto te amo... por favor, volte pra mim, volte! – beijou sua bochecha. – Meu
amor, é tão difícil assim, vir me buscar? Porque se não puder voltar, venha... não
quero ficar aqui sem você, não quero!
Ficou ali do seu lado, até que uma enfermeira foi pedir para
que ele se retirasse. Não sabia certo o que fazer, apenas seguiu para a sala de
espera.
Ás horas passava-se devagar, sozinho ali, com os pensamentos
afogados em tanta tristeza, não via a hora de Luiz e Laura chegarem. Toda hora
andava pelo corredor, na esperança de alguém correr até ele e dizer: ‘’ Alicia
acordou! ‘’, mas isso infelizmente não aconteceu.
Um novo dia amanheceu e ele nem pregou os olhos. Eram cerca
de dez horas da manhã quando pela porta principal do hospital um casal aparece.
Finalmente haviam chegado.
Christopher correu em direção á eles, abraçando-os com
força.
Laura: Como ela está? – indagou chorosa.
Christopher: Infelizmente, não tenho boas notícias...
Luiz: O que aconteceu com a minha filha?
Christopher: Ela está... em coma!
Laura: Mas como tudo isso aconteceu? Era só pra vocês virem
ao enterro, quem a baleou? Vamos Christopher, queremos respostas!
Na real, ele não sabia por onde começar. Não sabia como
contar a verdade, como contar que seu pai, amigo de tantos anos de Luiz tinha
baleado Alicia.
Luiz: Christopher, você está me irritando, fale de uma vez o
que está acontecendo, por favor! – implorava.
Christopher: Sabem da história da seita? – eles assentiram.
– Existia uma inimiga da do pai de Ali, da seita que ela assumiria...
Laura: E qual seita era? O que tem haver? – indagava.
Christopher: Eram os Portt ou a seita de meu pai, Pedro
Portmann. – engoliu seco, enquanto eles o encaravam sem acreditar.
Os próximos minutos foram de silêncio, respectivamente veio
á irritação, o desespero, a descrença.
Laura: Era nosso amigo, como ele pode? Aonde esse bandido
está? Quero mata-lo. – o marido tentava segurá-la.
Christopher: Eu o matei! – chorou.
Luiz: Como assim Christopher?
Christopher: Quando vi que tinha atirado em Alicia, foi o
único em que pensei. Tem mais gente nessa história. Eu não poderia ser inimigo
do amor de minha vida, matei-o para terminar com essa história absurda. Mas na
verdade, indiretamente ele me destruiu. Me destruiu, porque se eu não tiver
ela, nada adiantou.
Laura afagou os cabelos de Chris e assim ficaram, tentando
procurar motivo aonde naquele momento, não tinha.
Brasil, Fazendo Portmann.
Quando chegaram á fazendo, perceberam a mulher na imensidão,
bem longe perdida no campo. Eliza desceu do carro, acompanhada por Lucas e
Kate. Caminharam até lá e quando Carol avistou-os correu para encontrar os
amigos. Acenava feliz. Felicidade que não duraria.
Carol: Que bom vê-los por aqui! – animou-se.
Eliza: Também estamos feliz por te ver... – sorri carinhosa.
Carol: Como me acharam?
Eliza: Tenho meus truques, não esqueça que sou sua melhor
amiga! – riu.
Carol: É claro que não esqueço. Mas e aí? Vamos comer um
bolinho de fubá? Deixei no forno, deve estar quase pronto.
Lucas: Adoraria, mas é que viemos até aqui, por um motivo
específico! – engoliu seco.
Foram até a casa de campo. A história fora contada, não com
muitos detalhes já que eles não sabiam o que estava passando. Carol voltou para
casa no mesmo dia e assim que chegou ligou para Christopher.
Carol: Filho, meu filho, como estão as coisas por aí?
Christopher: Ali está na mesma, eu realmente não sei o que
vai suceder. – a voz mal saía. – Mas, tenho outra coisa para te contar... mamãe
é que Pedro, ele...
Carol: Ele? – assustou-se.
Christopher: Ele está morto!
A dor era igual a que ele sentia, na verdade até pior,
porque quando se ama, não se escolhe quem amar, apenas se ama. E ela amava
Pedro mais que tudo em sua vida e ela havia perdido parte de sua vida e ela
assim como o filho também estava sem direção. Se é bom ou mal não importa, era
seu amor.
‘’ Cuide bem do seu amor, seja
quem for! ‘’
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