12 de abril de 2013

Inabálavel - Capítulo 29



Jhon: Como é que é? – arregalou os olhos. 
Diana: É isso mesmo que você ouviu... – disse desesperada. – Antes que me pergunte, não eu realmente não sei como tudo isso aconteceu, mas o que importa é que já fiz o teste e fui ao médico... – ele a interrompeu.

Jhon: Por que não me avisou antes? 
Diana: Não queria preocupa-lo sem ter certeza! – respondeu sucinta. 
Jhon: Você disse que estava tomando remédios, não pode ser verdade... – levou as mãos até a cabeça lamentando. 

Diana: Eu estava, só que... eu realmente não sei como aconteceu, a única certeza que tenho é que eu serei mãe e você pai! – aquelas palavras pesavam quando nem se tinha decidido o que queria da vida, pesavam quando o futuro nem ao menos, estava encaminhado. 
Jhon: Somos tão jovens, tão jovens! 

Diana: Eu não queria que tivesse acontecido, sinto muito se pra você é uma notícia ruim. 
Jhon: Não será se me disser que aceita... – engoliu seco -, abortar. – ela estava incrédula, era inadmissível aquela proposta, como ele ousa falar daquele jeito com ela, como ousa colocar em risco a vida de seu bebê? 

Estados Unidos, Dallas. 

Gisele: Finalmente você chegou! – disse indo encontra-lo.
Pedro: Onde nossos queridinhos estão? – debochou, ignorando-a. 
Gisele: Lá dentro! – parecia obcecado e na verdade, estava.

Ele dirigiu-se até o interior da construção mal feita. Cumprimentou Félix que continuava ali, guardando o local e por fim entrou. Deparou-se com a cena mais repugnante de sua vida. Alicia estava sentada, cabeça encostada na parede, dispersa. Afagava os cabelos de Chris que apagado seguia sendo protegido pela menina, que pedia uma solução para todo aquele pesadelo. 

Colocou uma máscara para esconder o rosto. Aproximou-se e, quando a luz ilustrou a imagem dele, Ali estremeceu. Sim, tinha medo, muito medo! 
Pedro: Ora, ora se não é a menina Alicia. – riu. Ela apenas respirou fundo. – Que foi, o gato comeu a sua língua? – encarou-a.– Vamos Winchester, fale comigo... – aproximou-se ainda mais dela. 
Alicia: Do que você me chamou? – indagou com dificuldade.
Pedro: Winchester... ah, esqueci você ainda não sabe o que isso significa. 
Alicia: E deveria saber? – pediu preocupada. – Meu nome é Alicia Albuquerque Guerra... acho que está havendo algum engano por aqui!

Pedro: Engano? –riu. – Eu nunca me engano gracinha. – debochou novamente. – Nome do pai, Antônio Winchester, da mãe, Érika Montez que inclusive já morreu. – ela fitava-o. Pouco entendia o que ele dizia. Era tudo tão novo para ela, ver alguém que nem conhecia falando de seus pais com tanta, intimidade. – Sua mãe vivia as custas de seu padrasto, Luiz, um homem de boa índole que agora tem um relacionamento feliz – disse crente -. Tens também uma irmã que virou sua melhor amiga do dia pra noite. Um melhor amigo chamado Lucas e... Chris. – riu, apontando para o menino. 

Alicia: Chega, chega! – gritou.
Pedro: Acalme-se, eu não cheguei na melhor parte ainda. Falta falar de seu paizinho... – enfatizou. – Antônio Winchester, um homem perdido que vivia de noitadas e uma delas passou com sua mãe. Jogados assíduo que não vive sem sua ‘’fama’’ de matador. Líder de uma famosa seita que prega por aí o terror. Opessoal do subúrbio odeia ele e a mim, seu maior rival. Sabe Ali, você me conhece muito mais que imagina, pode não lembrar-se assim, de relance mas, logo, logo irá encaixar as peças deste quebra-cabeça. – piscou. 

Alicia: Isso não é verdade. Você é louco... – então veio em sua cabeça a conversa que teve com Laura e Luiz dias passados. Era verdade que um dia teria de assumir os negócios de seu pai... – espere, é então, mesmo verdade está história? Meu pai, dono de uma seita?
Pedro: Quadrilha, seita... sei lá como queres designar isto. – riu. – O que importa é que não poderá nem assumi-la, não terá energia ou força suficiente para isso. Dependendo de mim, nem aqui mais estará.
Alicia: Porque está fazendo isso com Christopher? Ele não tem nada haver com isso! – revoltou-se. 

Pedro: O que irei fazer com ele, só diz respeito a mim mesmo! 
Alicia: Digo-te uma coisa, não quero assumir aquela porcaria que meu pai deixou-me de ‘’herança’’ – gargalhou. – Eu não tenho nada, nada haver com isso!
Pedro: Você acha que não tem, mas tem sim... cedo ou tarde virão atrás de ti, acaba de completar dezoito anos, não demorarão. – falou remotamente. 

Alicia: Deixe Chris em paz, se tens algo contra mim entendo, mas ele? Ele nunca fez nada a ninguém? Ele não tem nada que ver com este assunto. – exaltou-se. 
Pedro: Você se engana mina querida, porque ele, ele armou pra você... Christopher faz parte de nosso grupo. – olhou-o espantada. 
Por um instante passou por seus pensamentos o pior: Christopher havia a enganado?  

Brasil, Casa dos Portmann.

Laura: Estou começando a ficar preocupada... Ali não ligou para nos avisar como estão! – andava de um lado pro outro, feito louca. 
Kate: Calma mamãe! – tentou tranquiliza-la. 
Laura: Calma nada! – exclamou inquieta. – É melhor que liguemos ver como ela está... – tomou o telefone em mãos ligeiramente, fazendo a tão desejada ligação.
Pedro: Atenda, atenda este telefone e diga que está bem! – orientou a menina que gelou. – Vamos garota, você ainda não entendeu? – gritou. Na verdade, ela ainda estava em êxtase, acaba de descobrir que seu amor, ‘’havia a traído’’. 

Alicia: Alô? – gaguejou. O homem parado defronte pra ela, disse para acalmar-se. 
Laura: Até que enfim minha filha. Estava morrendo de preocupação!
Alicia: Eu também Laura, eu também... – sentiu uma pontada em seu peito, até de Laura sentira falta naquele momento. 

Laura: Como estão Chris e você? 
Alicia: Bem... – as respostas curtas fizeram a mulher desconfiar. 
Laura: Ali, tem certeza que está tudo bem? Sinto que estás um pouco estranha... – ela interrompeu-a.
Alicia: Só estou um pouco triste por tudo o que aconteceu. 
Laura: Ah sim, deveria ter imaginado. Só queria saber quando voltar. – Pedro fez sinais para que ela dissesse que a viagem seria prolongada.
Alicia: Podemos voltar no fim de semana? – respirou fundo, tentando dar a melhor desculpa. – É que queria dar uma força no internato.

Laura: E suas aulas? – o homem fez sinal para que Alicia desligasse.
Alicia: Depois vemos isso está bem? Se cuidem, amo vocês, muito! – exclamou em um fio de voz, encerrando a ligação. Laura parara por um tempo, pensativa.
Kate: O que houve mamãe? – indagou preocupada. 
Laura: Ela estava estranha ao telefone... não entendi bem, mas parecia estar incomodada com algo!
Kate: Não se preocupe. Só deve estar cansada. – beijou a face da mulher e saiu dali. Infelizmente sabia, que algo sim estava errado. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário