9 de abril de 2013

Inabalável - Capítulo 26



Kate: Me solta! – ordenou, empurrando ele em seguida. 
Lucas: O que deu em você? 
Kate: Não, o que deu em você? Acha mesmo que é assim? Que pode me beijar de uma hora para outra sem nem ao menos eu permitir? Você tem que se colocar em seu devido lugar Lucas, eu não sou idiota e você não tem toda essa autoridade. – dizia séria.
Lucas: Você só pode estar brincando. – riu. – Está não é?
Kate: Não! – afirmou. 

Lucas: Mas isso nunca foi problema pra você! Nossa relação sempre foi assim e sempre levou numa boa... – ela o interrompeu.
Kate: Falou bem: ‘’foi’’, agora não é mais. Eu quero mudar, eu quero realmente mudar! Você não vai fazer com que eu me disperse, você não vai me ganhar com esse joguinho barato, por isso quero que você me esqueça. – ele olhou-a atordoado.
Lucas: Não precisa ser tão radical! – rolou os olhos.
Kate: Precisa, pelo menos até você me dar o valor que tanto mereço! Agora saía daqui, eu tenho mais o que fazer! – caminhou até a porta, abrindo-a e dando passagem. Ele fixou seus olhos, ele baixou a cabeça e deixou com que fosse. Seria assim dali em diante, seria ela e os seus valores a cima de tudo. 

Casa dos Portmann. 

Era noite já. Carol dormia, enquanto Pedro deitado no sofá, planejava pela milésima vez o que faria no dia seguinte. Seus pensamentos, que direta ou indiretamente quase enlouqueciam lhe, foram interrompidos com o barulho da campainha. 

Pedro: Mas quem é estas horas? 
Levantou-se sem vontade, colocou o chinelo de dedo e atendeu a porta. Um rapaz aguardava-o ali, disposto a contar a verdade de uma vez por todas. Henrique que horas mais cedo fora renegado pela mãe mais uma vez, queria desmascarar a mulher que tanto o fazia sofrer.

Pedro: Quem é você? – indagou com desdém.
O menino respirou fundo, olhou para os olhos do homem que sabia ter um caso com sua mãe e antes de começar a falar, ouviu a voz de uma mulher vinda de alguma área da casa. 
Pedro: Vamos, fale logo! 
Henrique: Só te digo uma coisa, cuidado com Gisele, ela esconde muito mais de você do que imagina! 
Não havia perdido a coragem, mais sabia que aquilo seria suficiente para receber ao menos um pouco de atenção.

Pedro: Do que você está falando? 
Henrique: Sei que você tem capacidade de descobrir sozinha. Só lembre-se de uma coisa, quem sabe esta que você ama tanto, não seja assim, tão devota a você! – exclamou, dando as costas para o homem.
Pedro: Espere seu insolente! – disse firme, pegando-o pelo braço. – Explique-me logo, do que está falando? 
Henrique: Cedo ou tarde saberá! Aliás se dependesse de mim já saberia, mas te darei o gostinho de procurar entender o que se passa por baixo do seu nariz. – enfrentou-o.
Pedro estava pronto para partir pra cima do garoto quando a mulher chegou à porta e pediu o que estava acontecendo. 
Carol: Algum problema meu amor? –disse um pouco assustado.
Henrique: Não, problema nenhum senhora. – sorriu galanteador. – Só vim dar um recado para o seu marido, já estou indo. – concluiu, saindo em seguida.
Carol: Está tudo bem mesmo amor? – franziu o cenho, preocupada. 
Pedro: Sim, está tudo bem! – mentiu. Em sua cabeça milhões de suposições se passavam. 

Afinal, quem era aquele moleque insolente? Afinal, o que tanto Gisele escondia? Pensou por alguns instantes e acompanhou a mulher até o quarto, esperou-a dormir para então ligar para a amante. Pro seu azar, não conseguiu entrar em contato com a mulher. Estava bravo e confuso e com gana de descobrir logo o que passava por baixo ‘’ do seu nariz. ‘’

Estados Unidos, Dallas. 

Os jovens dormiam abraçados. Tinham poder um sobre o outro naquela noite. Na verdade, eram um só. Quando o sol iluminou o quarto e finalmente anunciou a chegada de um novo dia, 

Chris despertou. Sorriu ao vê-la ali, do seu lado. Levantou-se e resolveu preparar algo especial, estava na hora deles ficarem juntos. Colocou uma roupa qualquer e ligou para que trouxessem o café da manhã no quarto, depois ligou pra floricultura e encomendou um lindo e enorme buquê de rosas vermelhas. 

Tomou todo o cuidado do mundo para que a menina não acordasse. Finalmente, tudo estava pronto. Foi até ela, beijando sua boca apaixonadamente, ela sorriu, sabia que aquilo era vida real e não um sonho como imaginara. Abriu os olhos, beijou-o novamente, ele afastou-se um pouco e levou até ela o café da manhã. 

Alicia: Tudo isso é pra mim? – indagou abobada.
Christopher: É claro! Pra quem mais seria? – sorriu, ela retribuiu. 

O menino sentou do seu lado e assim, em perfeita sincronia tiveram os melhores momentos de suas vidas e juntos. Ela sentia-se leve. Sentia-se mulher de verdade, feliz! Comeram em meio a brincadeiras e histórias que passaram. Depois de satisfeitos, ele disse animado.
Christopher: Tenho mais uma surpresa... – ela o interrompeu. 
Alicia: Me mostra, vai! – riu empolgada. 

Ele foi até o outro cômodo do quarto e pegou o buquê de rosas. Quando ela viu-o ali, parado e com aquelas lindas flores em mãos foi a loucura, correu até ele, beijando lhe intensamente,
Alicia: Muito, muito obrigada! – exclamou. 
Christopher: Você gostou? – indagou. 
Alicia: Sim, é claro que sim! É a coisa mais linda que já fizeram por mim. – sorriram, enquanto aproveitavam ao máximo aquele momento, que infelizmente estava prestes a acabar. 

Perto dali, um plano era posto em prática. Humberto que comandava o veículo era guiado pela mulher. 
Gisele: Não por aí! Esquerda Humberto, vamos logo. – brigou.- Finalmente o sinal do celular voltou, pare o carro, preciso ligar para Pedro, tem várias chamadas perdidas dele! – anunciou. Mesmo contrariando sua vontade, fez o que a bela pediu. Ela discou o número do homem rápido. 

Pedro: Até que enfim, porque não me atendeu antes? Tentei te ligar várias vezes. – falou grosso.
Gisele: Desculpe, não tinha sinal para te ligar... – ela a interrompeu. 
Pedro: Eu vou ser bem claro com você e quero que me responda sem enrolar o que te perguntar, está bem? – não lhe deu nem chance de responder e prosseguiu. – Ontem de noite, veio um menino até mim, aqui em casa.- falava com raiva. –Não me pergunte quem é, não sei direito. Só sei que me disse que você é uma falsa, que me esconde algo muito grave. Ele inclusive, era bem parecido com você... – neste momento ela sentiu o coração congelar. 

Sabia de quem ele falava e sabia que aquilo iria acontecer, afinal no dia anterior o menino havia ligado para ela e falado que iria contar tudo se ela não o bancasse.
Gisele: Ah meu amor, eu já sei de quem está falando... – discursou -, esse menino é louco, há tempos está me ameaçando, não quis te incomodar com isso, afinal é tão banal. Não se 
preocupe darei um jeito nele, é sério meu amor, não dê ouvidos a esse assunto. – completou. 

Pedro: Olha te darei uma chance! Se esse menino voltar a me incomodar e interferir em meus planos, você e ele irão pagar. Sei que essa história é estranha e queria muito descobrir mas, neste momento tenho outros interesse a que tratar. 

Gisele: Sim, prometo a você que isso não irá mais acontecer... – ele cortou-a.
Pedro: Faça o que te mandei e assim que estiver com a garota me avise. – desligou o telefone sem despedir-se. Ela estava furiosa, se visse Henrique o mataria. Pensando por outro lado, sabia que teria que tomar providências e assim fazer o que ele pedira. Colocá-lo na escola e comprar um apartamento para o menino. 

Com o celular em mãos, discou o número do garoto.
Gisele: Só liguei para te dizer que terá o que pediu. – deu algumas instruções para o garoto e disse para que ele fosse na escola que quisesse. Era maior de idade, poderia matricular-se. Deu uma senha para que retirasse o dinheiro necessário e assim realizava direta ou indiretamente o sonho dele. 

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