8 de abril de 2013

Inabalável - Capítulo 25



A cerimônia fora simples e dolorosa. Sem quaisquer circunstâncias que deixassem aquilo ainda pior de ser enfrentado. Apenas a dor acumulada no peito era suficiente para o desespero ser cada vez maior. 

Então, chegara a hora em que o caixão onde Lena Spazi, a mulher que por onde passou distribuiu amor e alegria, seria fechado. Como o último presente que pudera dar lhe, Alicia pegou uma rosa branca, suspirou fundo e antes de entrega-la beijou-a. 
Alicia: Descanse em paz, meu anjo! 

O caixão já posicionado era coberto rapidamente por terra, a flor ainda vista, levava o amor da menina pra sempre com ela. Era evidente que a perda nunca poderia ser compensada, esquecida ou afins. Afinal, nada que é inesquecível pode ser esquecido, nada!

Christopher: O que acha de irmos para um hotel... – propôs.
Alicia: Acho bom, não gostaria de ir para casa amanhã. Quando voltar, não será com toda essa tristeza me sobrecarregando. 
Christopher: Nossas passagens de volta são pra depois de amanhã! 

Alicia: Ótimo! Então, quero me despedir das crianças... vamos comigo? – ela estava precisando de tanto apoio que ele nem negou ou brincou, apenas balançou a cabeça positivamente e seguiu-a.
Era um momento complicado, afinal perder alguém é algo que não esperamos e convenhamos o que é pior que a dor da perda?
Christopher: Agora sim, vamos? – indagou. 
Alicia: Vamos sim! – sorriu fraco. 
Partiram para um hotel que tinha por perto. Combinaram de fazer algo no dia seguinte, não queriam ficar trancafiados. 

Atendente: Olá! – a mulher com pouco mais de cinquenta anos os atendeu simpática. 
Christopher: Olá, precisamos de dois quartos, será que você teria? – indagou.
Atendente: Infelizmente, somente a suíte principal está vaga. Pode ser? – eles se olharam por um tempo. Ele então disse.

Christopher: Pra você tudo bem? Se quiser podemos procurar outro lugar! 
Alicia: Não, estou cansada, pode ser este mesmo. – trocaram um sorriso cúmplice. A mulher entregou a chave e enquanto ele acertava os últimos detalhes, ela subiu para o quarto.

Era realmente lindo o lugar. Cortinas brancas e roxas decoravam a enorme janela que dava para a varanda. O luar estava realmente incrível naquela noite e as estrelas pulsavam seu brilho intensamente, mal sabia a menina que para ela seria uma noite inesquecível.

Christopher: Oi, desculpe te incomodar. – sorriu ao tira-la do transe.
Alicia: Tudo bem, só estava aqui observando. O quarto é realmente lindo... – ela a interrompeu, brincando.
Christopher: O preço dele também. – gargalhou.
Alicia: Sério? Muito caro... – fez careta.

Christopher: Sim, mas valeu a pena porque é muito bonito mesmo... e olhe esta vista. – disse impressionado. Podiam ver as grandes montanhas mais além, também o parque central e o shopping. – Amanhã teremos muita coisa pra fazer. – disse animado.

Alicia: É, realmente! – desdenhou. – Vou tomar um banho. – piscou para ele, saindo dali. 
A água quente percorria seu corpo, tirando lhe toda a tensão. Quando saiu do box quis matar-se, esquecera de sua roupa. Droga, pensou consigo. Secou o corpo e cobriu-o com a toalha. Saiu do banheiro envergonhada e quando Chris a olhou, engoliu seco. Ela estava estática, não podia se mexer e nem pensar direito.

Alicia: É, eu preciso pegar minha roupa. – disse com dificultando. Passou por ele, com a cabeça baixa mas não aguentou, estava prestes a explodir. 
Quando encarou-o novamente o menino a olhava sem piscar. Sorriu tímida, ele aproximou-se, ela gelou. Não sabia o que iria aconteceu, mas também, quem disse que queria saber? 

Christopher: Ali, eu amo você! – agarrou-a. Fez de seus braços o único refúgio que ela queria estar. Protegeu-a assim como ela quis desde o início. Amou-a como nunca, mas com o sentimento de sempre. 

Beijavam-se com vontade, o desejo reprimido vinha á tona. Sentiam seus corpos pulsando um contra o outro e cada vez mais perto. Ele fazia-a cada vez mais dele e ela apenas deixa as coisas fluírem naturalmente. 

A camisa do menino foi tirada e jogada para longe, enquanto a toalha dela caía a deixando sem nenhuma proteção. Ele olhou-a e em êxtase levou-a até a cama. Estava louco, realmente fascinado por ela. Chris tirou o próprio calção ficando por cima da menina, que congelava. 

Era sua primeira vez, mas e daí? Era com o seu primeiro e grande amor! Beijou-a com vontade, abocanhou um de seus seios com carinho. A garota gemeu baixinho. Ele desceu os beijos pela sua barriga, fazendo carinho em sua intimidade.

Ele a fez sua, penetrou nela com amor. Aquele sem dúvida fora o momento mais lindo e mágico da sua vida e se não fosse pela morte de Lena seria o melhor dia de sua vida. 

Casa dos Portmann.

Pedro: Mas afinal, eles vão ficar aonde? Vai voltar amanhã já? – ele tentava tirar a resposta dela, mas não estava fácil. 
Carol: Não, eles não vão voltar amanhã. – desdenhou.  – Desculpe Pedro, mas é que Chris não queria que eu te contasse... – ela a interrompeu.
Pedro: Mas eu sou seu pai, eu sou seu pai! – exclamava falso. – Por favor... eu preciso saber onde ele está, sei que não quer nem me ver, mas me preocupo! 

Carol: Tudo bem, se vai te fazer ficar mais tranquilo, eles estão no Hotel da rua principal de Dallas, a que fica o internato. Ah sim, Hotel Parque Central. É famoso por lá, bem turístico. 
Pedro: Assim fico mais tranquilo, não quero que nada de mal aconteça pra ele. – comemorava em seu interior. – Amor, vou tomar um banho, já volto! – beijou a mulher e foi. 
Tirou rapidamente o celular do bolso, ligou o chuveiro e entrou em contato com Gisele. 
Gisele: Descobriu? – disse rapidamente. 

Pedro: Hotel Parque Central, na rua principal de Dallas. Amanhã de manhã, sequestrem a menina, já tenho tudo planejado. Vou mandar Carol para o interior, ligarei para Christopher e aí, é comigo. 

‘’ Fique esperto, você nunca sabe o dia de amanhã ‘’

Casa dos Guerra. 

Lucas: Como assim ela foi com Christopher? Essa menina pirou? – indagava bravo.
Kate: E afinal, o que você tem haver com isso? Deveria ter vindo a ver quando ela precisava de você, agora não adianta ficar dando opinião, ok? – gritou.
Lucas: Não fala assim comigo, você não tem direito nenhum... – ela o interrompeu.
Kate: Você também não tem direito de vir até a minha casa e fazer o que bem entender. Se toca moleque você não é dono do mundo e ela é livre, tá com ciúmes é? Vamos diga de uma vez que você gosta dela! – exclamou. 
Lucas: Não! Eu gosto de você, agora para com essa marra toda e vem aqui! – puxou-a para perto, beijando-a com carinho. 

‘’ Diga que ama, diga que quer por perto, diga o que quer dizer mas principalmente, tenha atitude pra concretizar tudo o que você diz! ‘’

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