6 de abril de 2013

Inabalável - Capítulo 24



Casa dos Portmann.

Christopher: Tudo bem chorona – rolou os olhos, divertido. – Eu vou com você!
Alicia: Por favor, não demore muito para chegar, está bem?
Christopher: Tudo bem, agora vou desligar pra poder ajeitar minhas coisas, até mais. – desligou o aparelho celular.

Lá estava ele, arrumando suas malas para acompanhar sua Alicia até os Estados Unidos, mal sabia ele que aquele era o reinicio de sua história de amor.
Carol: Christopher, o que está fazendo com essa mochila nas costas? – indagou surpresa. – Vai me dizer que você... – ele interrompeu-a.
Christopher: Não mamãe. Antes que você fale qualquer besteira, eu não vou embora. Só irei acompanhar Alicia até os Estados Unidos por dois dias. – explicou rapidamente.
Carol: Mas e a faculdade? – quis saber.

Christopher: No momento ela não é minha prioridade. Tenho alguém muito importante sofrendo e preciso ajuda-la. Espero que me entenda! – sorriu.
Carol: Sim, é claro que sim.
Christopher: Está bem, já que resolvemos nossas divergências ou parte delas, estou indo, afinal os Guerra me esperam.  – despediu-se calorosamente de sua mãe que como sempre o abençoou.

Christopher seguiu rapidamente para a casa dos Guerra, que como ele deduzira o esperavam ansiosos. Quando chegou foi recebido por Luiz e depois de um delicioso jantar, fora descansar já que em algumas horas estaria longe dali.

Ás horas passaram-se rapidamente. O relógio despertou e por fim, havia chego o momento de partir. Seguiram até o carro de Luiz que os levaria até o aeroporto e assim que chegaram embarcaram. A viagem fora cansativa, não trocaram uma palavra se quer, até por que Ali não prestava atenção em nada a não ser nos seus rabiscos. Levava uma caderneta, na qual compunha suas músicas. Era como se fosse um segredo, um segredo só seu!

Assim, calados e perdidos em seus submundos, deixaram o tempo passar.
Christopher: Ali, Ali! – cutucou a menina. – Está na hora de acordar! – afirmou.
 Alicia: O que foi... só mais cinco minutos! – ele achou graça da menina.
Christopher: Nós já chegamos, venha. Não seja molenga! – rolou os olhos, irritado.

Alicia: Ah desculpe, nem tinha percebido que já estávamos aqui. – riu.
Christopher: Tudo bem... – respondeu. – O comandante avisou que iremos desembarcar logo. – piscou sorridente.

Pousada Hotel, Canadá.

Humberto: Gisele, cheguei! – anunciou sorridente.
Gisele: E aí, deu tudo certo? – perguntou afoita.
Humberto: Sim... temos passagens hoje de meio-dia para os Estados Unidos. – disse satisfeito.

Gisele: Ótimo, vou ligar avisando Pedro, em seguida arrumarei nossas coisas... – disse sucinta.
Humberto: Está bem, eu vou descansar um pouco. – piscou.

Gisele ligou para o amante que atendeu-a no primeiro toque, esperava ansioso aquela ligação, afinal já sabia que a menina tinha partido. O único empecilho que complicaria o plano era o fato de seu filho estar junto.
Pedro: Ok, tenha cuidado para que Chris não descubra! Sabe que colocaríamos tudo a perder com isso... – ela interrompeu-o.

Gisele: Pode deixar, tenho tudo sob controle! Agora se me permite, preciso desligar, tenho algumas coisas para arrumar antes de ir.
Pedro: Está bem. Cuide-se! – disse em tom firme e desligou em seguida.

Humberto: O que ele disse? – perguntou.
Gisele: Que é para nós fazermos tudo certinho e não deixarmos pistas, já que Christopher estará com a menina. – falou com desdém, encerrando o assunto.

Casa dos Santiago.

Diana: Você está saindo com quem? – indagou surpresa.
Paulo: Com Eliza... achei que não se importaria! – afirmou.
Diana: É que eu realmente estou surpresa, nunca imaginei que poderia gostar de outra pessoa, ainda mais da mãe da menina que mais me odeia em todo o mundo... – ela interrompeu-a.

Paulo: Quanto a isso não precisa se preocupar, está tudo em seu lugar. Conversei seriamente com Eliza e ela prometeu que Sophia não te fará nada!
Diana: Quem garante? – desconfiou. – Acredito que além de fazer contra mim, pode muito bem fazer algo contra vocês dois papai! Parece que não sabe como ela é. – rolou os olhos, aflita.

Paulo: Saber eu até sei, mas o que vou fazer. Sinto por Eliza o que há muito tempo não sentia por alguém. – deixou um sorriso escapar de seus lábios.
Diana: Eu não posso fazer nada além de te apoiar, mas preste atenção! Sophia é muito mais do que uma menina mimada, ela é mau caráter também! – exclamou certa de si.

Paulo: Pode deixar minha filha, eu vou sim tomar cuidado, mas desistir de Eliza eu não vou!

Estados Unidos, Dallas.

Agora a ficha caía. Era tão, mas tão triste. Quando ela deixou o avião e viu o mesmo cenário de alguns dias atrás gelou. Nunca pensara que poderia voltar tão rápido. Como a vida nos prega peças, não é? Um dia tudo está bem e no outro tudo acaba! Como lidar com tantas emoções, tantos sentimentos? Como lidar com aquilo que não podemos controlar?

Christopher: Ali, está tudo bem? – indagou preocupado. Desde que colocaram o pé no país a menina ficara com expressão fria e gélida. Estava pálida e demonstrava aflição.
Alicia: Parece que agora tudo faz sentido, saber que estou indo me despedir da pessoa que mais amei em todo o mundo, é realmente triste!

Christopher: Eu não posso te dizer que entendo, mas posso te dizer que estou aqui pro que você precisar! – abraçou-a de lado.

A ida até o internato fora incalculável. Parecia que aqueles minutos haviam sido prolongados de maneira que não poderiam explicar. O frio que se instalava naquela região provava que aquele dia com certeza era diferente.  Tudo iria mudar e como iria.

Assim que o táxi estacionou na construção que Ali bem conhecia, seu coração acelerou e tudo pelo sua dor que teimava ser cada vez mais constante. Desembarcaram, ela parecia cada vez mais fraca, cada vez mais convencida a não entrar ali, mas entrou.

Na sala as crianças choravam, haviam alguns amigos e patrocinadores que ajudavam a manter o internato. Do outro lado a família de Lena. Uma filha, alguns sobrinhos e enfim, era aquilo que restara.

Quando Alicia aproximou-se do caixão da mulher, sentiu uma lágrima escorrer pelo rosto, sendo seguida por outra e outra. Era o último adeus!


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