Casa dos Portmann.
Christopher: Tudo bem chorona – rolou os olhos, divertido. –
Eu vou com você!
Alicia: Por favor, não demore muito para chegar, está bem?
Christopher: Tudo bem, agora vou desligar pra poder ajeitar
minhas coisas, até mais. – desligou o aparelho celular.
Lá estava ele, arrumando suas malas para acompanhar sua
Alicia até os Estados Unidos, mal sabia ele que aquele era o reinicio de sua
história de amor.
Carol: Christopher, o que está fazendo com essa mochila nas
costas? – indagou surpresa. – Vai me dizer que você... – ele interrompeu-a.
Christopher: Não mamãe. Antes que você fale qualquer
besteira, eu não vou embora. Só irei acompanhar Alicia até os Estados Unidos
por dois dias. – explicou rapidamente.
Carol: Mas e a faculdade? – quis saber.
Christopher: No momento ela não é minha prioridade. Tenho
alguém muito importante sofrendo e preciso ajuda-la. Espero que me entenda! –
sorriu.
Carol: Sim, é claro que sim.
Christopher: Está bem, já que resolvemos nossas divergências
ou parte delas, estou indo, afinal os Guerra me esperam. – despediu-se calorosamente de sua mãe que
como sempre o abençoou.
Christopher seguiu rapidamente para a casa dos Guerra, que
como ele deduzira o esperavam ansiosos. Quando chegou foi recebido por Luiz e
depois de um delicioso jantar, fora descansar já que em algumas horas estaria
longe dali.
Ás horas passaram-se rapidamente. O relógio despertou e por
fim, havia chego o momento de partir. Seguiram até o carro de Luiz que os
levaria até o aeroporto e assim que chegaram embarcaram. A viagem fora
cansativa, não trocaram uma palavra se quer, até por que Ali não prestava
atenção em nada a não ser nos seus rabiscos. Levava uma caderneta, na qual
compunha suas músicas. Era como se fosse um segredo, um segredo só seu!
Assim, calados e perdidos em seus submundos, deixaram o
tempo passar.
Christopher: Ali, Ali! – cutucou a menina. – Está na hora de
acordar! – afirmou.
Alicia: O que foi...
só mais cinco minutos! – ele achou graça da menina.
Christopher: Nós já chegamos, venha. Não seja molenga! –
rolou os olhos, irritado.
Alicia: Ah desculpe, nem tinha percebido que já estávamos
aqui. – riu.
Christopher: Tudo bem... – respondeu. – O comandante avisou
que iremos desembarcar logo. – piscou sorridente.
Pousada Hotel,
Canadá.
Humberto: Gisele, cheguei! – anunciou sorridente.
Gisele: E aí, deu tudo certo? – perguntou afoita.
Humberto: Sim... temos passagens hoje de meio-dia para os
Estados Unidos. – disse satisfeito.
Gisele: Ótimo, vou ligar avisando Pedro, em seguida
arrumarei nossas coisas... – disse sucinta.
Humberto: Está bem, eu vou descansar um pouco. – piscou.
Gisele ligou para o amante que atendeu-a no primeiro toque,
esperava ansioso aquela ligação, afinal já sabia que a menina tinha partido. O
único empecilho que complicaria o plano era o fato de seu filho estar junto.
Pedro: Ok, tenha cuidado para que Chris não descubra! Sabe
que colocaríamos tudo a perder com isso... – ela interrompeu-o.
Gisele: Pode deixar, tenho tudo sob controle! Agora se me
permite, preciso desligar, tenho algumas coisas para arrumar antes de ir.
Pedro: Está bem. Cuide-se! – disse em tom firme e desligou
em seguida.
Humberto: O que ele disse? – perguntou.
Gisele: Que é para nós fazermos tudo certinho e não
deixarmos pistas, já que Christopher estará com a menina. – falou com desdém,
encerrando o assunto.
Casa dos Santiago.
Diana: Você está saindo com quem? – indagou surpresa.
Paulo: Com Eliza... achei que não se importaria! – afirmou.
Diana: É que eu realmente estou surpresa, nunca imaginei que
poderia gostar de outra pessoa, ainda mais da mãe da menina que mais me odeia
em todo o mundo... – ela interrompeu-a.
Paulo: Quanto a isso não precisa se preocupar, está tudo em
seu lugar. Conversei seriamente com Eliza e ela prometeu que Sophia não te fará
nada!
Diana: Quem garante? – desconfiou. – Acredito que além de
fazer contra mim, pode muito bem fazer algo contra vocês dois papai! Parece que
não sabe como ela é. – rolou os olhos, aflita.
Paulo: Saber eu até sei, mas o que vou fazer. Sinto por
Eliza o que há muito tempo não sentia por alguém. – deixou um sorriso escapar
de seus lábios.
Diana: Eu não posso fazer nada além de te apoiar, mas preste
atenção! Sophia é muito mais do que uma menina mimada, ela é mau caráter
também! – exclamou certa de si.
Paulo: Pode deixar minha filha, eu vou sim tomar cuidado,
mas desistir de Eliza eu não vou!
Estados Unidos,
Dallas.
Agora a ficha caía. Era tão, mas tão triste. Quando ela
deixou o avião e viu o mesmo cenário de alguns dias atrás gelou. Nunca pensara
que poderia voltar tão rápido. Como a vida nos prega peças, não é? Um dia tudo
está bem e no outro tudo acaba! Como lidar com tantas emoções, tantos
sentimentos? Como lidar com aquilo que não podemos controlar?
Christopher: Ali, está tudo bem? – indagou preocupado. Desde
que colocaram o pé no país a menina ficara com expressão fria e gélida. Estava
pálida e demonstrava aflição.
Alicia: Parece que agora tudo faz sentido, saber que estou
indo me despedir da pessoa que mais amei em todo o mundo, é realmente triste!
Christopher: Eu não posso te dizer que entendo, mas posso te
dizer que estou aqui pro que você precisar! – abraçou-a de lado.
A ida até o internato fora incalculável. Parecia que aqueles
minutos haviam sido prolongados de maneira que não poderiam explicar. O frio
que se instalava naquela região provava que aquele dia com certeza era
diferente. Tudo iria mudar e como iria.
Assim que o táxi estacionou na construção que Ali bem
conhecia, seu coração acelerou e tudo pelo sua dor que teimava ser cada vez
mais constante. Desembarcaram, ela parecia cada vez mais
fraca, cada vez mais convencida a não entrar ali, mas entrou.
Na sala as crianças choravam, haviam alguns amigos e
patrocinadores que ajudavam a manter o internato. Do outro lado a família de
Lena. Uma filha, alguns sobrinhos e enfim, era aquilo que restara.
Quando Alicia aproximou-se do caixão da mulher, sentiu uma
lágrima escorrer pelo rosto, sendo seguida por outra e outra. Era o último
adeus!
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