Casa dos Guerra.
Alicia: Ei Juan, espera!
- correu puxando-o para perto.
Juan Pedro: O que você
quer? - encarou-a aborrecido.
Alicia: Queria que você
ficasse, é sério, não fique bravo comigo! - pediu.
Juan Pedro: Faz alguma
diferença? Porque até pouco tempo você estava com aquele ali... - gesticulou.
Alicia: Faz sim, é sério.
Queria que ficasse aqui comigo, estou passando por um momento difícil poxa.
Juan Pedro: Perdoe-me,
venha cá! - sorriu. Ela obedeceu, abraçando-o com carinho. O menino ficara
abobado e Chris que encarava a cena revoltado saiu dali pisando firme. Direta
ou indiretamente ela tinha feito sua escolha, pelo menos por enquanto.
Kate: Como você está
maninha? - sorriu, indo em sua direção.
Alicia: Triste. Não
poderia ser diferente afinal, foi por Lena que eu mudei tanto. - riu fraco.
Kate: É realmente uma
grande perda, mas creio eu que se ela estivesse aqui quisesse te ver feliz... -
dizia.
Alicia: Com toda a
certeza e bem, eu sei disso, mas é que eu estou em choque ainda... - Juan a
interrompeu.
Juan Pedro: Nós estamos
aqui, ok? E isso tudo irá passar, sim? -
confortou-a.
Ficaram ali jogando
conversa fora. Quando Luiz chegou, Ali correu afoita até ele.
Alicia: E aí papai,
conseguiu as passagens? - quis saber.
Luiz: Sim meu amor! Você
embarca amanhã de madrugada, está bem?
Alicia: Tudo bem e...
quem vai comigo?
Luiz: Gostaria que Chris
fosse com você, se não se importar é claro. - propôs.
Alicia: Mas você ou mamãe
não poderiam me acompanhar? - pediu esparançosa.
Luiz: Eu até queria mas,
não posso querida, já faltei hoje na empresa.. - rolou os olhos. - Mamãe tem
que ficar aqui cuidando da casa e bem, Kate não pode perder dias do cursinho...
- ela o interrompeu.
Alicia: Nem Chris pode
perder aulas de faculdade! - afirmou.
Luiz: É que vocês
acabaram de começar o ano, essa semana é mais uma base, o que não irá
atrapalhar vocês... espero que não fique brava, até já falei com Carol. -
franziu o cenho.
Alicia: Está bem, o que
fazer não é?
Luiz: Então vá arrumar
suas coisas, enquanto ligo para falar com ele!
Pousada Hotel, Canadá.
Gisele: A cada dia que
passa me sinto mais perseguida pelo meu passado. Mal sabem que tudo foi minha
culpa. Mal sabem que eu sei tudo o que realmente aconteceu quando Érika estava
aqui. Mal sabem que fui eu quem separou Alicia de sua verdadeira mãe. Quando
descobri que os Winshaust tinham uma nova ''herdeira'' desesperei-me. Sempre
fui apaixonada por Pedro e ele mal sabe que eu sou aquele que a dez anos atrás
ele desprezou.
Já estudei com o belo e educado Pedro Portmann. Na época ele era
o menino mais cobiçado e lindo da escola e eu, eu era a ''patinho feio'', tão
gorda e desajeitada. Depois que terminamos o colegial, fui para o exterior e aí
encontrei Érika. Éramos colegas de curso, eu mudei. Mudei em todos os sentidos,
desde meu nome, até minha aparência física. O problema é que quanto mais o
tempo passa, mas essa bola de neve pende pro meu lado e eu? Bem, já não sei
mais como esconder toda essa verdade.
Depois que reencontrei
Pedro e passei a ser sua amante, percebi que para me adaptar a sua vida,
precisaria primeiramente adaptar meu jeito de ser, assim o fiz. Já não era a
mesma pessoa, nem por dentro, nem por fora.
O que me preocupa agora?
É realmente o que terei de fazer para provar realmente que o amo. Ele quer que
eu a mate, mas eu também sei que os do lado dela já estão a sua procura, eu
também sei que os Winshaust querem seu filho morto. Eu também sei que em jogo
tem todas as vidas que cercam essa verdadeira história de terror.
Os pensamentos da bela se
confundiam cada vez mais. De repente, ela queria sumir. Nunca havia matado
alguém, apesar de ser totalmente ''suja''. Tomou um pouco de ar, respirou fundo
e foi até o quarto de Humberto. Bateu na porta por várias vezes, até que o
homem saiu de lá totalmente descabelado.
Gisele: Meu Deus, o que
aconteceu com você?
Humberto: Estava
dormindo, entre. - deu passagem.
Gisele: Tenho que falar
contigo, sério! - explicou para ele tudo o que Pedro mandara fazer. Humberto
hesitou no início, mas logo concordou com todo o plano.
Humberto: Está bem, se o
chefe manda, vamos lá! - reverenciou. - Amanhã assim que o sol raiar vou atrás
de nossas passagens e afins.
Gisele: Tudo bem, só não
esqueça que precisa ser o mais rápido possível!
Humberto: Sim, eu
entendi! Mas, me responda algo Gisele, como nós somos chamados por esses
''tals'' Winshaust? - enrugou a testa.
Gisele: Pourt! - soletrou
a palavra.
Humberto: Um tanto
estranho, não acha? - pensou um pouco e continuou - Na verdade toda essa
história fica cada vez mais confusa.
Isso que eles não sabiam
o pior. Isso que Pedro não sabia que ela era uma das peças principais do
quebra-cabeça, e afinal se soubesse o que ela seria? Uma inimiga, uma traidora?
Casa dos Portmann.
Carol: Oh meu filho,
graças á Deus! - correu abraçá-lo.
Christopher: Menos mamãe,
bem menos. - desdenhou.
Carol: Eu estava
preocupada com você, muito preocupada! - exclamou.
Christopher: Com certeza.
- rolou os olhos, debochado.
Carol: Não me trate assim
Chris, como se eu fosse uma bandida, afinal não te fiz nada.
Christopher: Comigo não
fez nada, mas com você. - riu.
Carol: E isso é um
problema inteiramente meu, filho por favor, não faça isso comigo, quando você
amar alguém de verdade vai saber quão ruim é estar longe desta pessoa. -
repreendeu-o.
Christopher: Mamãe chega
desse falatório, ok? Se você não precisa de mais nada, vou ir para o meu
quarto!
Carol: Não, espere! Seu
''tio'' Luiz, quer que ligue pra ele! - avisou.
Christopher: Ok. - disse,
saindo dali e ignorando o pai que estava sentado no sofá.
Quando chegou ao quarto,
pegou o aparelho celular e discou o número de Luiz, que atendeu rapidamente.
Luiz: Ah Christopher, que
bom que me ligou. - falou animado.
Christopher: Mamãe disse
que quer falar comigo, é algo sério? - quis saber.
Luiz: Não, não. Bem, você
sabe que Lena morreu... - explicava - Queria ver se bem, você pode acompanhar
Ali até os Estados Unidos, por uns dois ou três dias... - ele o interrompeu.
Christopher: Olha tio, se
ela me pedir eu acompanho-a!
Luiz: Mas, só eu pedindo
não basta?
Christopher:Sim, mas é
que eu quero ouvi-la pedindo para eu ir com ela. - sorriu malicioso.
Luiz: Tudo bem espere um
instante!
Chris ficou imaginado a
cena. Ali deveria ter ficado irritadíssima afinal, acha sempre que está certa e
pedir para o menino aquilo deveria ser uma tortura.
Alicia: Alô! - a voz
alterada do outro lado da linha falou.
Christopher: Alô querida
Alicia. - riu debochado.
Alicia: Olha, eu vou te
pedir uma única vez, por que não tenho outra opção. Você pode, por favor, ir
para os Estados Unidos comigo?
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