Pedro: Vamos Carol, volte comigo, por favor! - implorou. Ele era um bom ator, o coração da mulher já estava amolecendo. O ódio que Christopher sentia por ver sua mãe caindo denovo naquele papo furado era terrível
Christopher: Mamãe, olhe mim! - chamou a atenção da mulher. - Isso é mentira. Logo ele vai fazer tudo de novo, o sofrimento vai ser ainda pior. Me ouça, não volte com ele.
O amor deixa as pessoas cegas e idiotas. Incrível como palavras mentirosas fazem a cabeça de alguém, incrível como falsas promessas confundem pensamentos que saber a verdade e só não querem acreditar.
Carol: Ele está prometendo que vai mudar... mais uma chance Chris. Vamos
dar só mais uma chance pra ele, por favor! - implorou ao filho que parecia não
acreditar.
Christopher: Você só pode estar brincando. Olhe, olhe o que ele fez com
o seu rosto! - gritou, pegando-a pelo
braço e fazendo-a se olhar no espelho.
Foi um erro meu amor, um erro. Vamos me perdoe! Eu te imploro, me
perdoe!
Depois de alguns minutos de silêncio, a pequena esperança que
Christopher carregava fora apagada. Ela perdoou o homem que a maltratou, que a
machucou. Ela perdoou o homem que a fez nada.
Carol: Tudo bem Pedro, mas saiba que essa é a última vez que te perdoo,
a última vez! - exclamou.
Christopher: Eu não posso acreditar no que está fazendo. Olhe para você,
achando como quem não pensa. Você sabe o que vai acontecer e novamente o irá
perdoar, eu não posso acreditar que é capaz de fazer isso! - exclamou furioso,
saindo de casa.
Pedro: Não se preocupe meu amor, ele irá entender, você vai ver. -
abraçou-a falsamente, enquanto ria daquele teatrinho medíocre.
Casa dos Guerra.
Laura: Oh meu amor, eu sinto muito! - afagava os cabelos da ''filha''. -
Vou comprar as passagens para você ir vâ-la pela última vez, está bem?
Ela não se mexia. Era uma dor sem explicação, afinal, quanto cabe na dor
da perda, além do vazio? Quanto? Nada.
Apertando a corrente em seu pescoço, parecia menos angustiada. Se
cessava aos poucos, quem sabe por notar a presença de Lena ali, quem sabe por
senti-lá mais perto, mais viva, dentro dela mesma.
Laura não perdeu tempo, ligou para o marido que em minutos estava em
casa. Penalizava-os ver a filha naquele estado. Parecia estar isolada, restrita
em um mundo paralelo incomum, só dela.
Luís: Há quanto tempo ela está assim? - pediu preocupado.
Laura: Desde que Christopher a trouxe. Parece estar em choque.
Luís: Vou mandar o doutor vir até aqui, creio que analisando ela, poderá
nos orientar como agir. - disse, enquanto ligava para o médico.
O doutor medicou Ali, que no começo resistiu. Estava agindo de maneiro
estranha, sem saber muito o que fazer, estava exausta. Depois de alguns
minutos, enfim dormiu.
Luís: Você já comprou as passagens? Ela vai querer ir ver Lena... -
indagou.
Laura: Ía ver disso, mas ela estava tão abalada, que fiquei com medo de
deixá-la sozinha. - explicou.
Luís: Kate está no cursinho? - ela gesticulou positivamente.- Vou ir até
o aeroporto ver disso, sabe onde está o passaporte dela?
Laura: Sim. Vou buscar e já te trago. - caminhou até o quarto da filha,
pegou o documento, deu um beijinho em sua testa e levou até o marido.
Luís: Cuide bem dela, logo eu volto. - despediu-se carinhoso da esposo e
saiu.
Hotel Day, Canadá.
Gisele: Olá, será que eu posso falar com o gerente do hotel? - indagou
sorridente.
Atendente: Vou chamá-lo. Aguarde um instante por favor. - falou
simpático.
Humberto: Lembre-se, temos que ser convincentes. Precisamos achar alguma
pista aqui ou as coisas ficarão difíceis pra nós.
Ramon: Muito prazer eu sou o Ramon, em que posso ajudá-los? - um homem
alto e magro, apareceu depois de alguns minutos.
Gisele: Eu sou irmã de Érika Montez. Ela esteve hospedada neste hotel há
alguns anos e precisava saber se vocês tem a ficha dela aqui.
Ramon: Nós não podemos dar a ficha de hóspedes. - disse firme.
Gisele: Desculpe, é que ela morreu. - fingiu-se emocionada - Gostaria
apenas de descobrir pistas do hospital em que teve sua filha, aqui deve haver
algo que possa me ajudar! - pegou um lenço em sua bolsa, limpando as
''lágrimas''.
Ramon: Oh! Mil perdões senhora, eu realmente não sabia de sua situação.
- engoliu seco.
Humberto: Se puder nos ajudar, minha mulher e eu ficaremos agradecidos.
- ajudou na encenação.
Ramon: Vou ver o que posso fazer por vocês. Só um momento!
A espera estava os deixando impacientes. Depois de meia hora o homem
voltou com uma pasta na mão.
Ramon: Fora difícil achar algo em nosso arquivo, mas o que tenho está
aqui. Inclusive o hospital em que ela teve a criança. - eles sorriram
cúmplices. Seus planos começavam a dar certo.
Brasil, casa dos Lins.
Eliza preparava o almoço, quando seu telefone tocou.
Eliza: Paulo? - sorriu ao ver no
visor o nome do homem.
Paulo: Olá, que bom que me
atendeu. - sorriu sem jeito.
Eliza: Está tudo bem?
Paulo: É claro! Liguei para ver
se Sophia está melhor. Diana ficou preocupada com ela e com as ameaças. - falou
em um fio de voz.
Eliza: Ah sim, está bem melhor. Queria me desculpar por ontem, quanto as
ameaças fique tranquilo. Tomarei conta dele e se souber de algo que ela faça me
avise imediatamente.
Paulo: É claro, só não queria que ficasse um clima chato entre nós. O
que acha de sairmos tomar um suco hoje de noite? - convidou. A mulher tinha
vontade de pular de alegria, até parecia uma adolescente em seu primeiro
encontro.
Eliza: É claro que eu aceito. Nos encontramos as oito no parque aqui
perto de casa, pode ser? - pediu afoita.
Paulo: Ok. Até lá! - despediu-se.
Quando a mulher desligou o telefone.
Sophia: Eu não posso acreditar. Você é mesmo uma traidora. Como pode
sair com o pai da menina que sua filha mais odeia em todo o mundo? - a menina
estava parada, olhando irritada para ela, que sentia-se encurralada.
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