22 de março de 2013

Serenidade - Capítulo 11

CAPÍTULO 11

CARRO DE SILVÉRIO
Silvério beija uma garota e depois tira da carteira algumas notas de dinheiro e dá para ela:
SILVÉRIO- não conte pra ninguém tá.
GAROTA- hum hum.
Silvério acelera o carro e vai embora, em outro carro Demétrio está parado:
Anoitece na cidade. NA FAZENDA:
Mirela e Lola jantam na mesa, o fogão de lenha ainda está aceso, Mirela está calada:
LOLA- não abriu a boca nenhum minuto desde que aquele homem saiu daqui.
MIRELA- vó, ele me ameaçou, disse coisa horrível para mim, e ainda quer que eu converse?
LOLA- e o que você vai fazer a partir de agora?
MIRELA- na verdade vó, eu ainda não sei, não sei.
Mirela e Lola se encaram, amanhece na cidade, o caminhão de leite sai da fazenda com o leite, Lola conta o dinheiro até que em um carro Hercília chega na fazenda:
HERCÍLIA- estão preparadas?
LOLA- preparadas para quê senhora?
HERCÍLIA- vocês terão que deixar essa fazenda hoje!
MIRELA- não pode ser.

EMPRESA DON’SOR
O caminhão chega na empresa e o leite passa através de cano grande para uma máquina e vai coado e dali começa a preparação para os queijos e iogurtes, Demétrio entra nervoso na sala de Silvério que tira o óculos:
DEMÉTRIO- você não vale nada mesmo né Silvério?
SILVÉRIO- meu irmão, do que está falando?
DEMÉTRIO- daquela criança que você abusou lá perto do matagal de eucaliptos.
SILVÉRIO- Demétrio você pode ter confundido ou está mentindo.
Demétrio pega o celular e mostra as fotos para ele:
DEMÉTRIO- é mentira Silvério? É mentira? Seu abusador de crianças menores, pedófilo.
SECRETARIA- (preocupada) querem ajuda?
SILVÉRIO- não preciso pode ir. Quanto você quer?
DEMÉTRIO- eu poderia surrar você dessa empresa agora mesmo, não faço isso por que não posso, mas assim que eu me casar a minha esposa te surrará quando eu morrer, mas enquanto isso esperarei alguns dias até contar para a coitada da Soraia, ela não merece isso, não merece.
Demétrio sai, Silvério com raiva:
SILVÉRIO- vamos ver se você contará algo meu irmão, vamos ver.

FAZENDA SANTA TEREZA
LOLA- mas assim sem dar um aviso antes?
HERCÍLIA- vocês tem um dia para deixar essa fazenda, por que vamos colocar fogo nela e tudo aqui será destruído, iremos construir uma outra empresa, mas ainda não sei de que.
MIRELA- meu Deus, minha senhora, está na época de chuvas se formos sai daqui agora não teremos lugar pra ir.
HERCÍLIA- vão para debaixo da ponte.
MIRELA- bem que falam, os ricos acham que tem muito, e que podem humilhar quem tem tão pouco. Mas eu sei que o mundo dá voltas e a senhora ainda irá me pedir ajuda...
LOLA- minha fazendinha.
MIRELA- vamos vó, vamos arrumar nossas coisas. Mas antes eu vou fazer uma coisa.
Mirela pega o balde de leite ali perto dela e joga em Hercília que começa a xingar.
(Continua...)

Nenhum comentário:

Postar um comentário