1 de fevereiro de 2013

Capítulo 5 - Doce Urbano




NO CAPÍTULO ANTERIOR...
Toque de Afrodite – Escritório – Noite.
[Bruno chega até a porta do cofre, digita a senha e o cofre abre. A luz acende rapidamente e Bruno se assusta. Bernardo está sentado na cadeira com os pés sobre a mesa]
Bruno: Bernardo?
Bernardo: Buenas noches, bebê! Surpreso?

AGORA...
Toque de Afrodite – Escritório – Noite.
[Bruno parece imóvel, sem saída e sem saber o que fazer. Bernardo levanta e começa a caminhar em sua direção.]
Bernardo: O que foi? Parece preocupado... Não vai me dizer que perdeu a fala? Não, porque se foi isso, o Marcello, como é seu melhor amigo pode te ajudar. Ou não?
Bruno: Do que você está falando?
Bernardo: Não se faça de bobo... Você sabe muito bem do que eu estou falando. Só não estou entendo o que você veio fazer aqui a essa hora.
Bruno: Buscar uns papéis que eu esqueci.
Bernardo: Papéis? E porque desativou o alarme?
Bruno: Questão de segurança.
[Bernardo dá uma pequena risada irônica]
Bernardo: Não precisa fazer essa pose de bom mocinho comigo Bruno... Sei bem o que você quer. Quer roubar? Roube. Quer me matar? Me mate. Eu só quero te dizer que há mais de dez viaturas da policia vindo para cá nesse momento, faça o que quiser, eles te acharão.
Bruno: Como é que é?
[Bruno fica aflito com a noticia.]







Casa de Jorge – Escritório – Noite.
[Jorge Durán está no escritório de sua casa, escrevendo em um notebook, sua secretária – Alice – entra]
Alice: Com licença doutor Jorge.
Jorge: Diga Alice.
Alice: Há uma moça na entrada e quer falar com o senhor. Ela disse que é uma conhecida.
Jorge: Ela se identificou?
Alice: Ela não quis dizer o nome.
Jorge: Mande-a entrar.
Alice: Sim senhor.
[Alice sai. Paolla Ferraço entra logo em seguida. Jorge se levanta assustado]
Jorge: Paolla?!
Paolla: Boa noite Jorge.
Jorge: Como você ainda tem a cara de pau de vir até a minha casa depois de tudo o que fez?
Paolla: Pra começo de conversar eu vim aqui para conversarmos civilizadamente. Posso sentar?
[Jorge se acalma. Ele senta e aponta a mão para a cadeira, mostrando para Paolla se sentar, ela senta.]
Paolla: Jorge, eu vou ser curta e grossa, então vamos direto ao assunto. Eu não sabia de nada do que foi veiculado no jornal...
[Jorge corta a fala ironicamente]
Jorge: Não sabia? E você está querendo enganar a quem Paolla? Não, porque a mim você não engana... O jornalista que publicou a matéria teve a cara de pau de me mandar um e-mail dizendo que todas as informações foram extraídas de um diálogo com você.
Paolla: Peraí... Que história mal contada é essa?  Não converso com jornalista nenhum.
Jorge: Se você conversa ou não Paolla, isso não me interessa. O fato é que o jornalista mandou a matéria completa, já editada para o jornal, anonimamente. E deu a entender de que eram fontes confiáveis.
Paolla: Jornalista anônimo?
Jorge: Com isso, fui renunciado do meu cargo, e agora faço editoriais para uma revista de investigação policial, afinal, eu tenho que sustentar uma família enquanto você, que é a autora disso tudo, está nadando em dinheiro.
Paolla: Jorge, você tem que confiar em mim, o caso não é bem assim. Nesse angu, tem caroço, e nós não podemos desistir assim dos fatos, fui intimada a depor por causa dessa barbaridade.
Jorge: Sinto muito Paolla, mas eu recebi uma advertência, não posso aproximar do caso.
Paolla: Não? Mas... E o que eu posso fazer?
Jorge: Por enquanto nada. Se você disse que não manteve contato com nenhum jornalista, eu acredito, porem você deve ser mais atenta com quem anda e se suas amizades são confiáveis.
[Paolla fica pensativa]

Toque de Afrodite – Escritório – Noite.
[Bruno fica histérico com a informação de que os policiais estão a caminho da empresa, ele aproveita a distração de Bernardo e chuta a arma que está em sua mão, fazendo-a cair no chão. Ele abaixa rapidamente, a pega e dá um tiro no peito de Bernardo]
Bernardo: Desgraçado! Você vai pagar caro por isso... Traidor!
[Bernardo se estira no chão, agonizando. Bruno corre para o cofre e enfia dinheiros e joias em uma mochila. Enquanto isso, Bernardo, rastejando e sofrendo de dor, consegue se aproximar do alarme e o ativa novamente, soando a sirene. Bruno se assusta.]
Bruno: Desgraçado... Você ativou o alarme?
Bernardo: Quero te ver Bruno... Queimando no fogo do inferno.
Bruno: Então somos dois!
[Bruno atira mais uma vez em Bernardo, fazendo-o morrer de vez. Bruno fecha o zíper da mochila e sai correndo pelos fundos.]

Toque de Afrodite – Lado de fora – Noite.
[Bruno, encapuzado, sai do lado de fora pelos fundos da empresa, ele avista as viaturas passando para o lado da frente, rapidamente ele entra em seu carro e retira o capuz]
Bruno: Ufa! Ô servicinho difícil... Vamos ver agora Bernardo, quem vai queimar no fogo do inferno. Otário!
[Bruno tenta ligar o carro, mas não funciona.]
Bruno: Droga! Funciona lata velha...
[Uma viatura começa a se aproximar. Bruno tenta ligar o carro e dessa vez funciona, ele começa a correr e a viatura policial o segue]

Casa de Paolla – Sala – Noite.
[Paolla e Marion conversa sobre o misterioso jornalista anônimo]
Paolla: É como eu estou te dizendo Marion, tenho certeza de que esse anônimo não é jornalista coisíssima nenhuma.
Marion: Também acho... Sua imagem na mídia está começando a ficar manchada, e isso é péssimo pra sua reputação e pra futuros projetos.
Paolla: Alguma ideia nova?
Marion: Não... Vamos ter que esperar o momento certo de você fazer pose de boa madame e pagar alguns jornalistas pra registrar.

Rio de Janeiro – Rua – Noite.
[Bruno corre em alta velocidade e consegue despistar os policiais. Zumira – empregada de Paolla – está atravessando uma rua pouco movimentada quando Bruno faz a curva correndo e a atropela. Ele freia bruscamente e desce]
Bruno: Ô anta! Não tá vendo que eu estou passando não?
[Ele vê que o corpo está atirado no chão, ele se aproxima]
Bruno: Ai meu Deus! Matei mais um... Droga! E ainda por cima é coroa.
[Bruno observa que ela ainda está respirando, ele pega o celular e liga para a emergência, passa o endereço do local e desliga]
Bruno: Pronto... Já fiz uma boa ação.
[Ele olha para os lados, constatando que ninguém o viu, entra no carro e sai]

Casa de Paolla – Sala – Noite.
[O telefone toca, Marion atende, conversa e desliga]
Paolla: E então? Quem era?
Marion: Preparada pra passar imagem de boa mocinha?
Paolla: Claro que sim. O que houve?
Marion: A empregada nova da casa foi atropelada. Tá na hora de você demonstrar para o povão o quanto você é preocupada com seus funcionários.
Paolla: Ótimo! Liga para os jornalistas fazerem a cobertura. Tô indo pro hospital municipal, pobre sempre tá em serviço único de saúde.
[Ela sai dando altas gargalhadas] [Marion conversa sozinha]
Marion: Paolla... Paolla... Você não perde por esperar...


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Um comentário:

  1. esse Bruno e muito mau....
    a Paolla esta cercada de traidores
    Gu

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