NO CAPÍTULO ANTERIOR...
Toque de
Afrodite – Escritório – Noite.
[Bruno
chega até a porta do cofre, digita a senha e o cofre abre. A luz acende
rapidamente e Bruno se assusta. Bernardo está sentado na cadeira com os pés
sobre a mesa]
Bruno:
Bernardo?
Bernardo:
Buenas noches, bebê! Surpreso?
AGORA...
Toque de
Afrodite – Escritório – Noite.
[Bruno
parece imóvel, sem saída e sem saber o que fazer. Bernardo levanta e começa a
caminhar em sua direção.]
Bernardo:
O que foi? Parece preocupado... Não vai me dizer que perdeu a fala? Não, porque
se foi isso, o Marcello, como é seu melhor amigo pode te ajudar. Ou não?
Bruno:
Do que você está falando?
Bernardo:
Não se faça de bobo... Você sabe muito bem do que eu estou falando. Só não
estou entendo o que você veio fazer aqui a essa hora.
Bruno:
Buscar uns papéis que eu esqueci.
Bernardo:
Papéis? E porque desativou o alarme?
Bruno:
Questão de segurança.
[Bernardo
dá uma pequena risada irônica]
Bernardo:
Não precisa fazer essa pose de bom mocinho comigo Bruno... Sei bem o que você
quer. Quer roubar? Roube. Quer me matar? Me mate. Eu só quero te dizer que há
mais de dez viaturas da policia vindo para cá nesse momento, faça o que quiser,
eles te acharão.
Bruno:
Como é que é?
[Bruno fica
aflito com a noticia.]
Casa de Jorge
– Escritório – Noite.
[Jorge
Durán está no escritório de sua casa, escrevendo em um notebook, sua secretária
– Alice – entra]
Alice:
Com licença doutor Jorge.
Jorge:
Diga Alice.
Alice:
Há uma moça na entrada e quer falar com o senhor. Ela disse que é uma
conhecida.
Jorge:
Ela se identificou?
Alice:
Ela não quis dizer o nome.
Jorge:
Mande-a entrar.
Alice:
Sim senhor.
[Alice sai.
Paolla Ferraço entra logo em seguida. Jorge se levanta assustado]
Jorge:
Paolla?!
Paolla:
Boa noite Jorge.
Jorge:
Como você ainda tem a cara de pau de vir até a minha casa depois de tudo o que
fez?
Paolla:
Pra começo de conversar eu vim aqui para conversarmos civilizadamente. Posso
sentar?
[Jorge se
acalma. Ele senta e aponta a mão para a cadeira, mostrando para Paolla se
sentar, ela senta.]
Paolla:
Jorge, eu vou ser curta e grossa, então vamos direto ao assunto. Eu não sabia
de nada do que foi veiculado no jornal...
[Jorge
corta a fala ironicamente]
Jorge:
Não sabia? E você está querendo enganar a quem Paolla? Não, porque a mim você
não engana... O jornalista que publicou a matéria teve a cara de pau de me
mandar um e-mail dizendo que todas as informações foram extraídas de um diálogo
com você.
Paolla:
Peraí... Que história mal contada é essa?
Não converso com jornalista nenhum.
Jorge:
Se você conversa ou não Paolla, isso não me interessa. O fato é que o
jornalista mandou a matéria completa, já editada para o jornal, anonimamente. E
deu a entender de que eram fontes confiáveis.
Paolla:
Jornalista anônimo?
Jorge:
Com isso, fui renunciado do meu cargo, e agora faço editoriais para uma revista
de investigação policial, afinal, eu tenho que sustentar uma família enquanto
você, que é a autora disso tudo, está nadando em dinheiro.
Paolla:
Jorge, você tem que confiar em mim, o caso não é bem assim. Nesse angu, tem
caroço, e nós não podemos desistir assim dos fatos, fui intimada a depor por
causa dessa barbaridade.
Jorge:
Sinto muito Paolla, mas eu recebi uma advertência, não posso aproximar do caso.
Paolla:
Não? Mas... E o que eu posso fazer?
Jorge:
Por enquanto nada. Se você disse que não manteve contato com nenhum jornalista,
eu acredito, porem você deve ser mais atenta com quem anda e se suas amizades
são confiáveis.
[Paolla
fica pensativa]
Toque de
Afrodite – Escritório – Noite.
[Bruno fica
histérico com a informação de que os policiais estão a caminho da empresa, ele
aproveita a distração de Bernardo e chuta a arma que está em sua mão, fazendo-a
cair no chão. Ele abaixa rapidamente, a pega e dá um tiro no peito de Bernardo]
Bernardo: Desgraçado!
Você vai pagar caro por isso... Traidor!
[Bernardo
se estira no chão, agonizando. Bruno corre para o cofre e enfia dinheiros e
joias em uma mochila. Enquanto isso, Bernardo, rastejando e sofrendo de dor,
consegue se aproximar do alarme e o ativa novamente, soando a sirene. Bruno se
assusta.]
Bruno: Desgraçado...
Você ativou o alarme?
Bernardo:
Quero te ver Bruno... Queimando no fogo do inferno.
Bruno:
Então somos dois!
[Bruno
atira mais uma vez em Bernardo, fazendo-o morrer de vez. Bruno fecha o zíper da
mochila e sai correndo pelos fundos.]
Toque de
Afrodite – Lado de fora – Noite.
[Bruno,
encapuzado, sai do lado de fora pelos fundos da empresa, ele avista as viaturas
passando para o lado da frente, rapidamente ele entra em seu carro e retira o
capuz]
Bruno: Ufa!
Ô servicinho difícil... Vamos ver agora Bernardo, quem vai queimar no fogo do
inferno. Otário!
[Bruno
tenta ligar o carro, mas não funciona.]
Bruno:
Droga! Funciona lata velha...
[Uma
viatura começa a se aproximar. Bruno tenta ligar o carro e dessa vez funciona,
ele começa a correr e a viatura policial o segue]
Casa de Paolla
– Sala – Noite.
[Paolla e
Marion conversa sobre o misterioso jornalista anônimo]
Paolla:
É como eu estou te dizendo Marion, tenho certeza de que esse anônimo não é
jornalista coisíssima nenhuma.
Marion:
Também acho... Sua imagem na mídia está começando a ficar manchada, e isso é
péssimo pra sua reputação e pra futuros projetos.
Paolla:
Alguma ideia nova?
Marion:
Não... Vamos ter que esperar o momento certo de você fazer pose de boa madame e
pagar alguns jornalistas pra registrar.
Rio de Janeiro
– Rua – Noite.
[Bruno
corre em alta velocidade e consegue despistar os policiais. Zumira – empregada
de Paolla – está atravessando uma rua pouco movimentada quando Bruno faz a
curva correndo e a atropela. Ele freia bruscamente e desce]
Bruno:
Ô anta! Não tá vendo que eu estou passando não?
[Ele vê que
o corpo está atirado no chão, ele se aproxima]
Bruno:
Ai meu Deus! Matei mais um... Droga! E ainda por cima é coroa.
[Bruno
observa que ela ainda está respirando, ele pega o celular e liga para a
emergência, passa o endereço do local e desliga]
Bruno:
Pronto... Já fiz uma boa ação.
[Ele olha
para os lados, constatando que ninguém o viu, entra no carro e sai]
Casa de Paolla
– Sala – Noite.
[O telefone
toca, Marion atende, conversa e desliga]
Paolla: E
então? Quem era?
Marion:
Preparada pra passar imagem de boa mocinha?
Paolla:
Claro que sim. O que houve?
Marion:
A empregada nova da casa foi atropelada. Tá na hora de você demonstrar para o
povão o quanto você é preocupada com seus funcionários.
Paolla:
Ótimo! Liga para os jornalistas fazerem a cobertura. Tô indo pro hospital
municipal, pobre sempre tá em serviço único de saúde.
[Ela sai
dando altas gargalhadas] [Marion conversa sozinha]
Marion: Paolla...
Paolla... Você não perde por esperar...
O trabalho Doce Urbano de Sadrack Oliveira Alves foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
esse Bruno e muito mau....
ResponderExcluira Paolla esta cercada de traidores
Gu