30 de janeiro de 2013

Capítulo 3 - Doce Urbano


NO CAPÍTULO ANTERIOR...
Rio de Janeiro  - Casa abandonada – Manhã.
- Eu vou falar só uma vez, eu quero todas, exatamente todas as senhas de todos os cofres existentes na Toque de Afrodite, e se você passar as senhas erradas eu lhe corto, pedaço por pedaço.
Marcello: Espera aí, eu conheço essa voz... Bruno? É você?

AGORA...
Rio de Janeiro  - Delegacia  – Manhã.
[Paolla Ferraço chega à delegacia à procura do doutor Jorge Duran, várias pessoas estão sentadas a espera. Paolla vai até a recepcionista]
Paolla: Com licença, onde fica a sala do delegado? Doutor Jorge Duran?
Clara: A senhora vai me desculpar, mas vai ter que esperar, todas essas pessoas estão na sua frente. Se quiser sentar e esperar.
Paolla: Sentar e esperar? Tá me achando com cara de que? Vem cá, se eu quiser, eu compro essa espelunca aqui com o dinheiro que eu gasto em um dia.
[Clara fica sem graça.]
Clara: Me desculpe, é que o doutor Jorge não está mais...
[Paolla a corta]
Paolla: Não preciso da sua informação.
[ Paolla se aproxima de um policial.]
Paolla: O senhor pode me informar onde é a sala do delegado?
Guto: Virando a direita senhora, a porta de vidro com o nome.
Paolla: Obrigada.
[Ela sai]






Rio de Janeiro  - Casa abandonada – Manhã.
[Marcello ainda está com os olhos vedados e as mãos atadas, enquanto uma pessoa fala com ele]
- Detesto ladainhas! Para com esse seu jeito de bicha, de traveco e desembucha logo.
[Marcello começa a chorar]
Marcello: Por favor, então me solta... Eu faço tudo, tudo. Me deixe ir.
[Alguém dá um tapa no rosto dele, dessa vez mais forte, Marcelo grita]
Marcello: Aaaaaah!
- Eu acho que eu vou ter que fazer um servicinho melhor em você. Algo mais prático! [A pessoa começa passar a mão sob a calça de Marcello com força] Sabe o que eu vou fazer? Ali dentro, tem um negão, costumamos chama-lo de João Tarado, com um monumento meu amigo, de trinta centímetros, será que você aguenta?
Marcello: Eu dou a senha... Para! Por favor, pare! Eu darei todas as senhas.
- Isso, bom garoto. É assim que eu gosto... Tá vendo? Se você colaborar, não será preciso eu partir pro braçal. Agora vamos às senhas.
[Ele pega uma caderneta e uma caneta]

Casa de Paolla Ferraço - Cozinha – Tarde.
[Marion conversa com a nova contratada – Zumira]
Marion: Muito bem, Zumira, o esquema aqui nessa casa é fácil. Muito simples. A dona Paolla não é de dispensar funcionário, então se você seguir tudo à risca ficará aqui por um bom tempo.
Zumira: Entendido. Olha dona Marion, eu agradeço por ter me arrumado esse emprego, que Deus lhe pague.
Marion: Não precisa agradecer. Assim que a Paolla chegar eu lhe apresento a ela, ela não gosta muito do contato funcionário com patrão, apenas quando você tiver que levar o café da manhã no quarto dela.
Zumira: Pode deixar comigo, não se arrependerá.
Marion: Assim eu espero.
[As duas riem]

Casa de Caio Poncé – Quarto de Caio – Tarde.
[Caio entra no quarto, exausto pelo dia de trabalho e se assusta ao ver Halley deitado em sua cama, nu, apenas coberto pelo travesseiro no meio das pernas]
Caio: Aaaaaaaaah!
Halley: Calma amorzinho...
Caio: O que você está fazendo aqui?
Halley: Vim prestar meus serviços a você. Que tal uma massagem relaxante para acalmar?
Caio: Quem é você? Aliás, quem te deixou entrar aqui?
Halley: Pra que tantas perguntas? Vamos nos divertir um pouquinho... Apimentar essa sua vida!
Caio: Saia do meu quarto, antes que eu chame os seguranças.
Halley: Eu tenho uma coisinha que pode mudar sua ideia.
[Caio permanece calado. Halley tira o travesseiro do meio das pernas. Caio se assusta.]
Caio: Aaaaaaah! Crê em Deus pai!
Halley: Ele é todinho seu... Porque não vem pegar?
[Eles ficam parados durante um tempo, olhando um para o outro. Caio grita seu mordomo.]
Caio: Teodoro! Teodoro! Me ajuda!
Halley: Calma! Calma!
[Teodoro entra]
Teodoro: Me chamou senhor Caio?
[Ele vê Halley e também se assusta com o que vê]
Teodoro: Aaaaah! Meu Deus, mas o que é isso?
[Halley vira os olhos fazendo cara de deboche]
Caio: Teodoro, por favor, tira essa... Essa coisa, daqui!
Teodoro: Sim senhor.
Halley: Vai me pegar no colo?
Teodoro: Por favor, vista suas roupas e saia daqui.
Halley: Tá bom... Tá bom...
[Ele pega suas roupas, veste, joga um beijo para Caio e sai acompanhado de Teodoro]

Rio de Janeiro – Delegacia – Tarde.
[Paolla conversa com o novo delegado – Ramires Coelho – durante alguns minutos e descobre que Jorge Duran não é mais delegado]
Paolla: Espera aí, mas como assim o Jorge Duran não é mais delegado?
Ramires: Certos jornalistas andaram descobrindo algumas façanhas dele e vazou na mídia.
Paolla: Façanhas? Que façanhas?
Ramires: A senhora não lê jornais? A informação vazou em um jornal de grande circulação.
Paolla: E o que ele fez de tão grave?
Ramires: A senhora vai ter que pesquisar. Não posso lhe dizer.
[Paolla enfia a mão na bolsa e retira duzentos reais, ela coloca o dinheiro sobre a mesa]
Paolla: E agora? Pode me dizer?
Ramires: Está tentando me subornar?
Paolla: De jeito nenhum, apenas estou comprando uma informação.
[Ramires pega o dinheiro na mesa e coloca no bolso do terno]
Ramires: Bem... Creio eu que a senhora esteja pagando por algo que você mesmo é protagonista, mas já que insiste.
[Ele retira um jornal da gaveta da mesa e entrega para Paolla]
Ramires: Veja você mesmo.
[Ela pega o jornal e lê a manchete: “Delegado Jorge Duran expulso do cargo por acobertar assassinato cometido pela top model Paolla Ferraço”.



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