2 de setembro de 2012

Spaço Bom Dia


História antiga

No meu grande otimismo de inocente, 
Eu nunca soube por que foi... um dia, 
Ela me olhou indiferentemente, 
Perguntei-lhe por que era... Não sabia...

Desde então, transformou-se de repente
A nossa intimidade correntia
Em saudações de simples cortesia
E a vida foi andando para frente...

Nunca mais nos falamos... vai distante...
Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante
Em que seu mudo olhar no meu repousa, 

E eu sinto, sem no entanto compreendê-la, 
Que ela tenta dizer-me qualquer cousa, 
Mas que é tarde demais para dizê-la...
Raul de Leoni

Nenhum comentário:

Postar um comentário