Diretor-geral da próxima minissérie bíblica da Record, José – De Escravo a Governador, Alexandre Avancini acaba de voltar do Egito, onde passou dez dias. Lá, fez a captação de stock shots (imagens de paisagens e fachadas), sem atores.
Em entrevista ao R7, Avancini contou um pouco sobre o que os telespectadores podem esperar da produção, a estrear em janeiro.
Haverá um incêndio que destruirá uma cidade inteira, mas o maior desafio, afirma Avancini, é lidar com a emoção. "São vários momentos em que José sofreu. No estúdio, não foram raras as ocasiões em que, ao término das cenas, equipe e produção choraram", revela.
Com texto assinado por Vivian de Oliveira, José - De Escravo a Governador, traz a história de José do Egito. Odiado pelo irmãos mais velhos, o jovem é vendido a mercadores de escravos. Mais tarde, vai preso e se revela um bom intérprete de sonhos. Graças a esse dom, prevê um período de seca no Egito e ganha a confiança do faraó.
R7 - Como foi a viagem para o Egito?
Alexandre Avancini - Incrível. Cansativa, mas muito recompensadora. Passamos dez dias por lá. De barco, fizemos imagens do rio Nilo. Usamos até helicóptero para outras tomadas. Estivemos nas pirâmides e aproveitamos para filmar em Jerusalém, em Jericó, em Siquém, no mar Morto, nas Montanhas da Judeia e em vários desertos.
R7 – Você já conhecia aqueles lugares?
Avancini - Não. Fiquei impressionado com o que vi. Passamos pelos mesmos desertos que Jacó, José e Jesus estiveram. Foi realmente emocionante. As pirâmides são maravilhosas, cheias de detalhes e ricas em histórias.
R7 - Existem planos para novas viagens?
Avancini - Provavelmente em novembro, viajaremos com parte do elenco ao Chile, para filmagens no deserto do Atacama. Eu já estive por lá, com o diretor de fotografia, Ricardo Fujii, e encontramos lugares perfeitos para ambientarmos a trama.
R7 - A minissérie tem sido filmada com câmeras Arri Alexa, equipamento considerado top na produção do cinema digital. Para o telespectador, o que muda?
Avancini - Tudo. Usamos as câmeras e as lentes de cinema. A imagem final fica muito mais bonita e com uma definição perfeita. Elas ressaltam as cores e a qualidade do produto fica muito melhor.
R7 - Quais são as cenas mais difíceis para se produzir em José?
Avancini - São várias. Em uma acontece um incêndio em uma cidade inteira, o que exige muita atenção e produção impecável. Além disso, fazer cenas no deserto não é nada fácil. Andamos de carro de três a quatro horas.
R7 - A cidade cenográfica está completamente pronta?
Avancini - O cenário do Egito é gigantesco. Possui palácios, templos. Esses espaços devem ficar prontos em novembro.
R7 - Como foi o processo de preparação do elenco?
Avancini - Todos participaram da leitura dos capítulos da minissérie e ainda contaram com o auxílio do preparador de elenco, Sergio Penna, para compor os personagens. Eles ainda tiveram aula de história e fizeram laboratórios para aprender a ordenhar e preparar pão, por exemplo.
R7- Qual será a linha de direção da trama?
Avancini - Será mais coloquial. O texto da Vivian de Oliveira é ágil. O vocabulário dos personagens também não será formal. Claro que não terá gírias, mas não será rebuscado.
R7 - Você já conhecia a história de José? O que mais o encanta na história dele?
Avancini - Eu já conhecia. José foi um homem íntegro do início ao fim. Ele ia atrás daquilo que acreditava. Não se curvou diante do faraó e vivia conforme o que Deus lhe reservava. Ele teve uma vida repleta de conflitos familiares e eu acredito que o público brasileiro vai se emocionar com a sua história.
R7 - Qual é o grande desafio em dirigir essa minissérie?
Avancini - O maior desafio será o de passar para o público toda a emoção que existe no texto. São vários momentos em que José sofreu. No estúdio, não foram raras as ocasiões em que, ao término das cenas, equipe e produção choraram.
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