7 de agosto de 2012

“Fantástico” usa tempo para explicar que fantasma não existe

Tadeu Schmidt e o mágico Kronnus estão à frente do novo quadro do "Fantástico"





O “Fantástico” sempre se apresentou como a revista eletrônica mais importante da televisão brasileira e efetivamente soube se impor como tal, graças ao trabalho competente das várias gerações que ocuparam o posto de comando, a partir da sua criação, em agosto de 1973, pelo Boni e Armando Nogueira. Ficaram famosas, desde o começo, as calorosas reuniões das segundas-feiras, quando um grupo de notáveis da TV Globo – Vanucci, Boscoli, Miele, José-Itamar de Freitas, o próprio Armando, Alice Maria, Magaldi, Carlito Maia, Borjalo, Travesso, além de outros, analisava criteriosamente o seu conteúdo – o resultado do que foi ao ar no dia anterior e discutia – e bota discussão nisso, entre tantas sugestões, o que seria escolhido para o próximo. Uma pena que o tempo não volta nem ao menos para tirar certas dúvidas. Seria interessante hoje ouvir dessas pessoas o que acharam da matéria dos fantasmas e do tempo dedicado a ela na última edição. Ou de um quadro de culinária insistentemente apresentado já há algumas semanas no programa. Num Brasil como o de agora, percebe-se que o “Fantástico” tem, às vezes, procurado se alienar de temas mais profundos e se aproximado de uma perigosa aliança com a superficialidade. Tentar explicar que fantasma não existe, realmente é para deixar a todos preocupados.

O outro lado

Curiosamente, o mesmo “Fantástico”, deste último domingo, teve momentos muito bons, fazendo valer as suas reais características. As matérias dos médicos “rejuvenescedores”, a entrevista com Cláudia Jimenez, a homofobia e a homenagem a Milton Nascimento, por exemplo.

Flávio Ricco – UOL TELEVISÃO


Fonte : TVF

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